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Cidades

02/06/2019 09:30

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Campo-grandenses apoiam o ensino de Libras nas escolas públicas

A ideia é proporcionar uma educação mais inclusiva, garantindo os direitos básicos de educação para todos

Uma proposta aprovada pela comissão de Educação torna obrigatório que as escolas públicas de ofereçam o ensino de Libras (Língua Brasileira de Sinais) desde a educação básica dos alunos, no entanto, fazer ou não a disciplina é decisão do aluno, já que o ensino é facultativo.

A ideia é proporcionar uma educação mais inclusiva, garantindo os direitos básicos de educação para todos. A proposta foi apresentada pelo deputado Diego Garcia, Projeto de Lei 2040/11.

Apesar de ainda não ser uma realidade, nas ruas de Campo Grande a ideia agrada aos moradores.  Para a auxiliar de cozinha Josiane Paizão, de 42 anos, a ideia é ótima, já na visão delas as crianças possuem uma facilidade em aprender.

(Foto: Wesley Ortiz)

“As pessoas tem dificuldade em lidar com pessoas surdas, eu mesma não sei me comunicar, então se for ensinado desde pequeno vai ser mais fácil a comunicação, até mesmo com possíveis colegas de classe que só tem se comunica através dessa língua. As crianças tem mais facilidade em aprender”, reforça.

A autônoma Elenice Ferreira dos Santos reforça que além da comunicação e inclusão nas escolas, o ensino de Libras nas escolas pode ajudar até mesmo na casa de pessoas que possuem familiares surdos.

“Pode ajudar dentro da sala de aula e fora também, às vezes alguém na família nessa condição, ai tendo esse ensino nas escolas vai ajudar na comunicação”.

Já a dona de casa Emanuela Milaine, de 19 anos, reforça que ter o conhecimento da linguagem pode ser o diferencial na hora de conseguir um emprego, já que algumas empresas fazem essa exigência.

“Essa comunicação pode passar a ser cobrada nas empresas, eu trabalhei 1 ano e meio em uma empresa que oferecia serviços, então eles exigiam que soubéssemos pelo menos o básico. Eu acredito que ensinar isso vai ser de extrema importância”.

Atualmente, a Língua Brasileira de Sinais, Libras, é a segunda oficial do Brasil, sendo a segunda mais utilizada no país, já que existem cerca de 10 milhões de pessoas surdas ou com algum grau de deficiência, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Desse número, 800 mil são pessoas com até 17 anos de idade. Com a nova lei, essas crianças e jovens poderão estar mais incluídos e socializados na sociedade, é o que pensa o autônomo João Torres Medina, de 28 anos.

(Foto: Wesley Ortiz)

“A socialização das pessoas não parte só de um lado, por exemplo, os não ouvintes se comunicar apenas entre eles, ia ser ótimo se essa socialização fosse com um todo, os deficientes auditivos e surdos precisam estar incluídos”, destaca.

 

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