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Cidades

Capivaras podem proliferar doença em humanos

Febre Maculosa

09 março 2014 - 09h59Por Marcelo Villalba

Um animal que acabou virando símbolo de Campo Grande, não por sua beleza, mas devido a sua reprodução desenfreada nos Parques Ecológicos da cidade, estamos falando da capivara.

Aparentemente um animal manso que não causa transtorno por onde passa, mas como tudo que é de mais acaba gerando alguns cuidados. Recentemente em Belo Horizonte, em Minas Gerais, um menino morreu, por febre maculosa, que vem do carrapato originário do roedor.

Diante disso a discussão sobre a febre do carrapato reacendeu em Mato Grosso do Sul, já que o principal hospedeiro da bactéria transmissora da doença é a capivara.  Conforme informou o pesquisador da Embrapa Pantanal, Renato Andreotti, os riscos de haver um registro da doença em Campo Grande, é muito grande devido o animal estar inserido em grande quantidade no cenário urbano.

“ Sempre soubemos do risco e agora ele é real. É preciso que as pessoas tomem consciência disso para que não haja uma epidemia na cidade, já que convivemos com todo os riscos favoráveis a esta situação”, avalia o pesquisador.

O pesquisador disse que o assunto já vem sendo estudado há dois anos, e que no ano passado um caso havia sido registrado em Dois Irmãos do Burit, cidade que fica à 90 quilômetros de Campo Grande, mas que não houve confirmação se realmente era a febre maculosa.

No Brasil, a febre maculosa é registrada com maior frequência nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Pernambuco.

O ser humano que possui a doença tem que ser trato rapidamente, pois a evolução da doença é muito rápida, e pode ocasionar morte em até cinco dias. Conforme informou Renato, os principais sintomas de quem possui a doença,  são tristeza, mãos, cotovelos e joelhos avermelhados atribuídos por muita febre.

A Embrapa já trabalha em cima de uma vacina, que é um projeto de doutorado de um dos alunos. "Ainda não sabemos a eficácia dela, e por isso não podemos anunciar como alternativa", explica.

Dessa forma o único remédio por enquanto é a prevenção, o pesquisador alerta que a população evite as gramas do Parque das Nações Indígenas, onde há  também pesquisa acontecendo, para que seja identificado o carrapato.

Situação que é difícil de ser evitada, já que em idas e vindas pelo parque das Nações Indígenas vemos famílias sobre a grama, sem saber que podem estar correndo risco de pegarem a febre maculosa.

Para o casal Paulo e Eliane, a doença era desconhecida. "Não tinha noção sobre o assunto, sempre fazemos piquenique no parque com as crianças. Agora então, vamos evitar já que existem muitos desses animais por aqui", comenta.