A Controladoria-Geral da União constatou que servidores públicos, ativos e inativos, de Mato Grosso do Sul, receberam o auxílio emergencial de R$ 600 indevidamente. Todos os 1.126 depósitos terão de ser devolvidos.
A descoberta do órgão federal com a Controladoria-Geral do Estado, se deu após cruzamento das bases de dados e revelou que, em um dos casos, um aposentado com salário de R$ 35 mil pegou o benefício, que é destinado a pessoas de baixa-renda. A soma dos valores pagos foi de R$ 719 mil.
De acordo com o controlador-geral do Estado, Carlos Eduardo Girão de Arruda, os benefícios irregulares foram pagos principalmente a aposentados e pensionistas (84,9% dos casos) e servidores da Educação (12,7%, sendo a maioria professores convocados).
''Além de devolver, esses [servidores] vão ter que se explicar. Às vezes, podem ter sido vítimas de uma fraude, como a gente vê ocorrendo, a pessoa pega um CPF e pede por ela, abre uma conta no banco, às vezes, pode ser isso. Então, eles vão ter que se explicar'', destacou o controlador-geral do Estado, Carlos Eduardo Girão de Arruda.
Ainda de acordo com os órgãos, o Ministério da Cidade foi alertado a fim de evitar novos pagamentos indevidos. O Ministério Público Estadual também será acionado para eventuais responsabilizações.
As controladorias acreditam que a maior parte dos pagamentos indevidos se deu por conta de informações desatualizadas no Ministério da Cidadania. Essas beneficiários são pessoas que estavam na Cadúnico, que é o conjunto de informações sobre famílias em situação de pobreza, para uso em políticas públicas.
