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Cidades

16/06/2020 15:00

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Família faz protesto em UPA após morte de idosa e alega que GCM tentou intimidar manifestantes

Família aponta que agente da GCM intimidou manifestantes; assessoria nega

Com faixas e pedidos de justiça, familiares de Maria do Carmo de Souza Oliveira, 72 anos, realizaram protesto em frente à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Leblon, em Campo Grande, onde a idosa morreu no último dia 9.

De acordo com o filho da vítima, o auxiliar de enfermagem Evandro de Souza Oliveira, 47 anos, a manifestação é um apelo para que outras pessoas não passem pela mesma situação. Ele relata indignação com o tratamento de um agente da GCM (Guarda Civil Metropolitana) com os manifestantes. 

“O propósito foi cobrar justiça pelo assassinato da minha mãe, ninguém veio atender ou falar conosco, muito pelo contrário, um GCM que trabalha lá mandou a minha irmã calar a boca e ficou simulando que estava ligando para a polícia, um absurdo”.

Nas faixas, questionamento sobre vagas e também indicativos de que a unidade seria a ‘UPA da Morte’.

Equipe do TopMídiaNews entrou em contato com assessoria da Guarda Civil Metropolitana para questionar sobre o profissional que teria ofendido a familiar da vítima, entretanto, foi informado que nenhum episódio foi reportado. 

ENTENDA

Evandro e familiares apontam que Maria do Carmo de Souza Oliveira foi vítima de negligência e, por isso, foi a óbito na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Leblon.

“Ela era saudável, não tinha covid, nem nada, suspeitamos de infarto, acionamos o Corpo de Bombeiros, ela entrou na viatura sozinha. Deu entrada na unidade entre 7 e 7h30 e ficou até 15h aguardando em cima da maca com muita dor”, comenta.

Ainda segundo Evandro, mesmo com dor, a mãe permaneceu consciente durante todo o período em que esteve na UPA. Ele alega que recebeu a informação de uma pessoa de dentro da unidade informando que a transferência havia sido autorizada, no entanto, o médico que estava prestando atendimento recusou a vaga.

“Ela estava viva com dor, infartada em cima da maca até 15h, teve parada cardíaca e faleceu. Recebi a informação de que em hora em hora foi oferecido a vaga pra remover ela, médico não mandou documentação, dificultou, dizendo que não tinha vaga, negligência, deixou morrer, se tinha alguma hipótese dela sobreviver, ele tirou dela”, diz indignado.

Evandro fala qual o desejo da família. “Vamos entrar na justiça, vamos fazer boletim de ocorrência, minha mãe foi assassinada, é uma questão de humanidade a divulgação, para que não aconteça com outras pessoas. Ela era uma pessoa comunicativa, ativa”, finaliza o filho.

SESAU

A SESAU (Secretaria Municipal de Saúde) informou que a paciente deu entrada na unidade por volta das 8h20, encaminhada pelo Corpo de Bombeiros.

Ainda segundo a assessoria da SESAU, a paciente foi prontamente atendida, realizou os exames e foi medicada.

“A paciente permaneceu estável com pressão arterial controlada, sendo monitorada pela equipe da unidade. Em razão da necessidade de exames complementares e atendimento de um médico especialista (cardiologista) foi solicitada a transferência para uma unidade hospitalar, porém não houve sinalização de disponibilidade de leitos por parte dos hospitais. Por volta de 14h o quadro da paciente evolui e pouco depois ela veio a óbito em razão de uma parada cardiorrespiratória”, diz trecho da nota.

A SESAU reforçou que a paciente recebeu toda a assistência possível na unidade e se solidariza com a perda da família.  A denúncia de suposta negligência no atendimento deverá ser apurada por meio de um processo de sindicância.

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