A Rua 13 de Maio amanheceu coberta de desenhos feitos de serragem, sal colorido e pedrinhas. São os tradicionais tapetes de Corpus Christi, representações da fé de voluntários católicos que acordaram cedo para trabalhar no local. Os fiéis acreditam na passagem de Jesus sobre as peças.

Zilda Dorneles, de 47 anos, é uma destas voluntárias. Coordenadora da Paróquia Cristo Rei, localizada no Jardim Pênfigo, ela se diz participativa na igreja, mas é a primeira vez que ajuda na confecção dos tapetes. “É maravilhoso! Uma emoção muito grande. Todo mundo já chega falando bom dia”, disse.

A participação da dona de casa Maria José, de 63 anos, da Comunidade São José Marti, é bem mais antiga. Ela é voluntária há exatos 21 anos, mas conta que “todos os anos é diferente”. As pessoas mudam, os desenhos se transformam. “Parece a primeira vez. É muito gratificante!”. Este ano o trabalho foi realizado com a utilização de pedras.

O padre Cleber Brunhado Rosa, de 38 anos, da Paróquia Santa Luzia, chegou ao local por volta das 5h30, acompanhado de uma caravana com outras 60 pessoas, sendo a maioria jovem. “Os mais velhos estão em casa preparando lanche para trazer. É como diz o apóstolo Paulo, muitos dons, mas um só Senhor”.

Ele e o grupo em que estava ficaram responsáveis pela confecção de um tapete de 45 metros de comprimento e 4 metros de largura, com a utilização de meia tonelada de sal. Os símbolos escolhidos representavam as capelas que fazem parte da paróquia.

Sobre a importância da festa, o padre disse ser a “proclamação da fé, o reconhecimento do Senhor que quis se doar por nós”, finalizou.

Durante a confecção dos tapetes, a Rua 13 de Maio ficará interditada entre a Avenida Mato Grosso e Fernando Corrêa da Costa e entre a Rua Rui Barbosa e Avenida Calógeras.