De acordo com a delegada Ana Cláudia Medina, da 1ª Delegacia de Polícia Civil, informou à imprensa que a chefe de enfermagem Giovana de Carvalho Penteado e o farmacêutico Rafael Castro estão colaborando com as investigações in loco no setor de Oncologia da Santa Casa. A polícia investiga, as três mortes que ocorreram após pacientes terem passado pelo setor de Oncologia do hospital. 

A perícia iniciou por voltas das 9 horas e deve ser finalizada em torno das 12 horas, desta quarta-feira (20). Conforme a delegada, as investigações são necessárias para esclarecer algumas dúvidas que foram levantadas durante a apuração das informações. "Nós contamos com a colaboração da enfermeira Giovana e do farmacêutico  Rafael para que possamos entender a dinâmica. Estamos investigando desde a chegada do paciente até a infusão do medicamento. É necessário adotar esse tipo de perícia para tirar qualquer dúvida", esclareceu.

A delegada explicou que quem manipulava os medicamentos direcionados aos pacientes não registrava as dosagens nos prontuários, sendo que esta administração do medicamento era feita pelo farmacêutico Rafael. Em contrapartida, os responsáveis pelo hospital afirmam que o farmacêutico anotava no prontuário, apenas com atrasos, que não trariam qualquer problema ao procedimento técnico.

Tanto é, que o advogado Felipe Barbosa, representando o Centro de Oncologia e Hematologia da Santa Casa, informou que trabalha com a hipótese que tanto a enfermeira quanto o farmacêutico teriam capacidade técnica para fazer a manipulação do medicamento.

"Foi a enfermeira quem treinou o farmacêutico e estamos aqui para esclarecer que todos estavam capacitados [para administrar o medicamento]. Mas há várias possibilidades que podem ter acarretado nas mortes, inclusive reação à medicação", comentou o advogado.

 Felipe Barbosa, advogado que representa o Centro de Oncologia e Hematologia da Santa Casa

Nesta semana, a delegada realizou a exumação dos corpos da vítimas que passaram pelos procedimentos quimioterápicos no Hospital e morreram: Carmen Insfran Bernard, de 48 anos, no dia 10 de julho, Norotilde Araújo Greco, de 72 anos, no dia 11 de julho, e Maria da Glória Guimarães, de 61 anos, no dia 12 de julho, para realização de exames pericias e buscar mais detalhes sobre as causas da morte. Ainda não há resultado porque algumas análises estão sendo feitas em São Paulo.