O prefeito Gilmar Olarte (PP), não compareceu a segunda audiência do Ministério Público Estadual, na tarde desta quinta-feira (7), onde foi discutido a retirada de moradores de rua da área central de Campo Grande. Devido ao descaso da prefeitura, o município pode perder R$ 1,1 milhão repassado pelo Ministério de Desenvolvimento Social, dinheiro este que seria disponibilizado para tentar combater o crack.
Mesmo sendo representado pelo procurador-geral do Município, Fábio Leandro, a presença de Olarte foi questionada por quem participava da reunião. A promotora de Justiça Jaceguara Dantas da Silva Passos, lamentou a ausência do prefeito e ressaltou que a prefeitura da Capital tem o prazo de até o próximo dia 31 de agosto para tentar solucionar o problema.
"No ano passado, o município recebeu aproximadamente R$7 milhões do Ministério de Desenvolvimento Social, no ano anterior, mais de R$8 milhões e agora R$ 1,1 milhão foi paralisado pela prefeitura não realizar o trabalho", disse a promotora.
A vereadora Luiza Ribeiro (PPS), que também participou do encontro, diz que já está virando 'rotina', o prefeito Gilmar Olarte não comparecer as agendas públicas.
"Acredito que seria muito importante a presença do prefeito, foi encaminhado um ofício no dia 24 de abril solicitando a presença de Olarte, mas mais uma vez ele ficou ausente. Já estamos ficando acostumados, ele precisa se envolver mais com os assuntos envolvidos a população, quem sabe ele vendo os problemas 'de perto' pode acabar se sensibilizando e ajudando. Ele está fazendo a mesma coisa que fez com a cultura, não indo aos encontros quando é chamado", ressaltou a vereadora.
Um outro ponto que Jaceguara questionou, foi o repasse do Governo Federal de R$ 30 mil para o SEAS (Serviços Especializados de Abordagem Social). A promotora indagou o que foi feito com esse dinheiro, que seria para ajudar os moradores de rua da Capital.
Segundo o representante do prefeito, Olarte não compareceu à audiência, pois está em Brasília, mas prometeu que o município não vai perder o dinheiro. "Não vamos perder, seja qual for a alternativa, até 31 de agosto vai estar tudo funcionando", garantiu Fábio Leandro.