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Cidades

04/04/2019 17:00

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Desesperada, mãe do menino Kauan ameaça suicídio se perder filhos

Janete recebeu intimação para comparecer na sede da DPCA com filhos menores nesta sexta-feira

A mãe do menino Kauan, Janete dos Santos Andrade, 37 anos, pede ajuda. Como se não bastasse ter pedido dois filhos em tragédias, outros três encaminhados para abrigos, agora a mãe teme que mais dois sejam retirados de sua casa. Ela é mãe de 10 filhos ao todo.

Janete afirma que foi chamada para comparecer nesta sexta-feira (5), na DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) acompanhada das crianças, de dois e quatro anos. Ela ameaça suicídio.

O receio é grande porque Janete já tinha sido chamada a comparecer ao local quando outros filhos, de oito e cinco anosforam encaminhados para o abrigo. "Falam que meus filhos ficam na rua, mas me tiraram uma criança de sete meses que estava amamentando", diz a mãe.

Na casa onde a família mora reside ainda um adolescente de 16 anos. "Tenho o benefício das crianças: vale renda, bolsa família. Meus pais são aposentados e me ajudam e ainda ganho doações. Tenho uma renda de mil reais. As minhas crianças podem ser humildes, mas comida nunca faltou".

Diante da situação, a mãe pede ajuda para que os filhos não sejam levados. 

Tragédias

Janete relatou que há 12 anos perdeu uma filha de três anos. Segundo ela, um motociclista teria atropelado a menina que estava na calçada. 

Outro caso foi com o menino Kauan. Até hoje o seu corpo não foi encontrado. O menino desapareceu no dia 25 de junho de 2017 e foi visto pela última vez no Bairro Coophavilla II, onde o principal suspeito, o professor Deivid Almeida, morava.

Conforme informações da polícia, o suspeito pagava para ter relações sexuais com crianças e adolescentes. Abusando da humildade das vítimas, ele estuprava menores extremamente pobres. Ele teria matado Kauan e se livrado do corpo, porém o menino nunca chegou a ser encontrado.    


Janete, mãe do menino Kauan. Foto: Anna Gomes.

DPCA

A reportagem entrou em contato com a titular da DPCA, Marília de Brito Martins, que explicou que as crianças só são recolhidas para abrigos se houver um crime. No entanto, informou que existe um inquérito aberto que apura denúncia de abandono de incapaz e maus-tratos. "Nós estamos investigando e vamos ouvir as crianças. Mas quem decide se irão ou não para abrigo é a Justiça".

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