O Ministério Público Estadual realizou na tarde desta sexta-feira (04), uma reunião entre a Prefeitura, Estado e Santa Casa, para discutir a falta de repasse de R$ 3,2 milhões que o município teria que ter repassado ao hospital até o dia 15 de outubro. Durante o encontro, o prefeito Alcides Bernal (PP) afirmou que o dinheiro foi transferido hoje. Bernal também tentou deixar a reunião por causa da ausência do governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB).
Conforme o secretário-adjunto municipal de saúde, Dr. Vitor Rocha, o atraso no repasse ao hospital é culpa do Ministério da Saúde, que deixou de repassar verba ao município. Segundo o médico, as três Unidades de Pronto Atendimento (Upas) de Campo Grande geram um gasto mensal de R$ 5,7 milhões, verba que deveria ser repassada à prefeitura pela União. Como os repasses não estão sendo feitos, o município está bancando sozinho a manutenção das unidades.
O contrato que garante o repasse da verba mensal para a Santa Casa é assinado entre a instituição e a Prefeitura, mas também tem participação do governo do Estado, que garante que repassou ao município R$ 2,5 milhões para o pagamento ao hospital.
Bernal tenta deixar reunião
Indignado pela reunião não ter a presença do governador do Estado Reinaldo Azambuja (PSDB) ou da vice-governadora, Rose Modesto (PSDB), Bernal tentou deixar o encontro, mas foi convencido a ficar pela promotora de saúde pública, Filomena Aparecida.
"Pegamos a prefeitura com greve e dívidas de R$ 13 milhões que foram pagas. Não da para colocar a culpa somente na prefeitura. Eu ficaria até o final se o governador estivesse presente", disse o prefeito.
Participaram da reunião, além do prefeito Alcides Bernal e o secretário-adjunto de saúde, o secretário de Planejamento Finanças e Controle e da Receita, Disney Fernandes, o secretário estadual de saúde, Nelson Tavares e o presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento.