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Cidades

28/02/2014 07:00

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Moradores do Los Angeles reclamam da falta de acessibilidade na UBSF

Los Angeles

No início do mês de fevereiro, a reportagem do site Topmídia News esteve no bairro Jardim Los Angeles para conhecer melhor a realidade dos moradores da região e divulgar as principais reivindicações feitas pelas lideranças comunitárias da região. Com quase 50 anos de existência e uma população de oito mil pessoas, uma parcela deste público, enfrenta um sério problema de acessibilidade na área externa da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF), Sebastião Luiz Nogueira.

 

A unidade não possui asfaltamento na área externa e a situação vem causando dificuldades e risco de acidentes a uma importante parcela da comunicação que precisa se locomover ao local para buscar atendimento médico. Cerca de 100 crianças de zero a quatro anos são atendidas na UBSF, além de um público de cadeirantes que chega a 17 pessoas.

 

De acordo com a presidente da associação de moradores do bairro, Maria Diva da Silva os idosos e mães com bebês que utilizam carrinhos enfrentam uma verdadeira maratona para chegar ao local, em função da falta de pavimentação. “Há muito tempo pedimos pelo asfalto, mas nunca fomos atendidos. Como é que pode uma unidade de saúde não ter asfalto, rampa para cadeirantes nas calçadas ou acessibilidade interna? Estas pessoas necessitam de acompanhamento frequente e se sacrificam para chegar ao local. A situação é mais complicada ainda para quem é portador de necessidade especial”, revela.

 

Lei federal – Uma recomendação publicada pela Coordenação Geral de Acessibilidade da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Presidência da República prevê que a lei nº 8.080/90 que dispõe sobre as condições de promoção, proteção e recuperação da saúde, além do funcionamento dos serviços deve garantir a saúde como um direito fundamental do ser humano.

 

No documento existe um parágrafo específico que prevê a rota contínua, desobstruída e sinalizada para permitir aos cidadãos transitar entre o transporte público, as edificações e os espaços de interesse, para que os usuários possam desenvolver sua vida diária com normalidade e independência.

 

Não é o caso da aposentada Geny Rodrigues de Oliveira, 72 anos, moradora há 11 anos no Los Angeles. Em decorrência de problemas com diabete e de um machucado no pé, a moradora teve o membro amputado em outubro do ano passado e sofre bastante para chegar até a Unidade de Saúde.

 

“Por causa da diabetes preciso vir no posto toda semana, mas é muito difícil quando se está numa cadeira de rodas. Minha filha é quem me traz, mas semana passada, por exemplo, ela estava com problema de coluna e não pude vir”, conta a idosa.

 

Geny relatou ainda que sente medo na maior parte do trajeto, que é bastante cascalhado, em razão da falta de pavimentação. “Já tive uma cadeira de rodas que quebrou por causa das pedras e dos buracos. Consegui outra, mas, fico receosa quando começa a trepidar. Tem horas que dá a sensação que vou cair com tudo no chão”, desabafou.

 

Outra moradora que comenta as dificuldades que enfrenta é a dona de casa Thais Teixeira de 19 anos. Com um bebê de 17 dias, ela conta que faz um verdadeiro malabarismo para chegar na unidade, pois tem receio que o recém-nascido se machuque. “Hoje mesmo eu fui até o posto para levar o bebê para consulta e fico com dó de levá-lo no carrinho, pois, chacoalha tanto que fico preocupada e acabo levando ele no colo”, comentou.

 

A líder comunitária, Maria Diva revela que a associação está elaborando um projeto que será encaminhado ao poder público, solicitando uma solução urgente para o problema. “Estamos organizando o documento e iremos levar até a Câmara dos Vereadores e Assembleia Legislativa. Precisamos que o poder público olhe para nossas dificuldades, nossa comunidade não pode mais aguentar uma situação grave como esta. Já esperamos demais”, pontuou.

 

Cabe destacar que a acessibilidade é um atributo essencial para garantir a melhoria da qualidade de vida da comunidade. Por isso deve estar presente nos espaços, meio físico, transporte e nos serviços e instalações abertos ao público ou de uso coletivo. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), lei nº 9.503 é essencial adaptar ao menos um itinerário de pedestres no entorno das Unidades Básicas de Saúde em funcionamento. As rotas de acesso devem priorizar a interligação entre avenidas principais, ruas secundárias, pontos de parada e acesso aos transportes públicos e estacionamentos de veículos.

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