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Cidades

Férias escolares devem agravar epidemias de zyka, dengue e chikungunya

18 dezembro 2015 - 14h31Por Mariana Anunciação

O período de férias requer cuidados extras com o aedes aegypit, já que ele é responsável pela propagação de surtos de dengue, zyka vírus e chikungunya. Como a maior incidência dos focos do mosquito é em residências, correspondendo a 86,2%, as autoridades já alertam para o aumento das estatísticas de pessoas enfermas em Campo Grande, para os próximos dias.

O Exército Brasileiro uniu forças para prevenir e combater essas doenças. O CMO (Comando Militar do Oeste) informou que 150 militares foram treinados pelas equipes da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para irem a campo orientar e recolher pneus. Também foram disponibilizadas duas barracas canadenses do hospital de campanha, a fim de aumentar a capacidade de atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Santa Emília e UPA Universitário, quando se esgotarem os leitos.

No Santa Emília, a enfermaria do hospital conta com 16 leitos e, no momento, apenas dois dos nove disponibilizados pelo exército estão ocupados. A mãe de 76 anos, de Fernanda Espínola, de 48, é uma das pacientes assistidas. “Fico preocupada porque ela está muito fraca, tem febre e não come. O médico suspeita de dengue, porque a plaqueta está bastante baixa. Ela vai ficar tomando soro enquanto aguarda para fazer novos exames”, contou Fernanda.

 

Foto: Geovanni Gomes

 

Nesta semana, é visível a redução no número de pacientes com suspeita de tais doenças. Em média, eram 60 pessoas ao dia atendidas na Upa do Vila Almeida com suspeita de dengue, atualmente, há a média de 30. Especialistas acreditam que a conscientização fez a população tomar mais cuidado e eliminar os focos de criadouros da larva do mosquito. No entanto, com as férias, a situação tende a se agravar e os números aumentarem.

“Ontem (16) registramos cinco casos suspeitos de Zika, 35 de dengue e nenhum de chikungunya. Acredito que todos esses números devam aumentar nas férias, momento em que as crianças ficam em casa. Até porque, sabemos que são nas residências onde há o maior foco. É preciso alertar a população para não se descuidar”, destacou a gerente do posto de saúde do Vila Almeida, Marilurdes Morais do Amaral Grião. 

 

Foto: Geovanni Gomes

Para a Prefeitura Municipal de Campo Grande, os índices encontrados em domicílios mostram o quanto é relevante a participação efetiva da população nesse trabalho de conscientização e combate ao mosquito, evitando a água parada, entulhos e lixos espalhados. O Lira (Levantamento de Índice Rápido) evidenciou, ainda, que há 6,0% de índice de infestação no comércio, 4,3% em terreno baldio e 3,4% em outras áreas.