Fiscalização detalhada de auditores-fiscais da Receita Federal nessa quinta-feira (6) na aduana de Ponta Porã provocou fila, com mais de 40 caminhões no município.
Conforme informado pelo Sindifisco-MS, a lentidão é provocada pela operação padrão dos auditores-fiscais do órgão. E a liberação que ocorria em no máximo um período (manhã ou tarde) agora demora mais de 24 horas.
O presidente do Sindifisco Nacional em Mato Grosso do Sul, Anderson Novaes, diz que além da operação padrão, outras ações estão sendo implementadas na mobilização da categoria para pressionar o governo, como: entrega desde dezembro do ano passado dos cargos de chefia ocupados pelos auditores, ampliação da meta “zero” para todos os setores e atividades, de modo que fiscalizações fiquem sem resultado e sem encerramento e a paralisação de todos os projetos operacionais.
"A demora no desembaraço aduaneiro de mercadorias exportadas ou importadas ocorre devido à verificação mais detalhada nos produtos e análise redobrada da documentação", diz o sindicato.
O sindicato afirma que operação padrão está sendo realizada deste o dia 27 de dezembro em protesto contra o governo. Os ficais dizem que há descaso com a categoria e a própria Receita Federal.
"O orçamento do órgão para 2022 sofreu um corte de R$ 1,2 bilhão. Além disso, desde 2014 não é realizado concurso para o preenchimento das vagas em aberto. Outra reivindicação é a regulamentação de pagamento de um bônus de produtividade aos auditores, conforme, previsto desde 2016 em negociação do governo com a classe."
Além de Ponta Porã, a operação Padrão também está sendo realizada em outras duas unidades alfandegárias em Mato Grosso do Sul: Corumbá e Mundo Novo.