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Cidades

Ganância de empresas infringe lei ambiental, diz ambientalista

Prática arbitrária

19 dezembro 2013 - 06h39Por Ana Rita Chagas

Em entrevista concedida ao TopMidiaNews, o presidente do Fórum de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Mato Grosso do Sul Haroldo Borralho, foi categórico ao afirmar que a disputa por clientes de emprestas de turismo em Mato Grosso do Sul tem colocado em risco a fauna e a flora sul-mato-grossenses. 


Segundo ele, há um forte apelo comercial de agentes turísticos que estão despreocupados com a estruturação harmônica que cerca o Pantanal. " Quem faz a ceva de animais, também fará a da pesca predatória e desrespeitará o que existe de mais genuíno na fauna e flora sul-mato-grossenses.Isso é uma questão que precisa ser debatida com seriedade. Mato Grosso do Sul não precisa disso", ressalta.

MPF - Há uma semana, o MPF ( Ministério Público Federal) em Mato Grosso do Sul recomendou às Fundações de Turismo e de Meio Ambiente de Corumbá (MS) o fim da prática de “ceva” de animais silvestres no Pantanal Sul-Mato-Grossense. De acordo com o órgão, onças-pintadas estariam sendo alimentadas por empresas de turismo para garantir aos visitantes a observação do animal. A prática configura crime ambiental e também pode expor os turistas a sérios ataques.

Segundo o MPF, a irregularidade foi denunciada pelo Instituto Homem Pantaneiro, que apresentou vídeos que comprovam a prática da “ceva” das onças - situação que estaria acontecendo também com as ariranhas –, no trecho que vai da parte urbana de Corumbá até Porto Jofre, no Pantanal Norte.

Na oportunidade, Haroldo Borralho disse que a questão precisa ser acompanhada de perto e envolver a sociedade como um todo. " Utilizar a prática da ceva para atrair turistas é uma questão muito complicada. Mato Grosso do Sul é um dos estados  brasileiros mais beneficiados pela fauna e flora. O fórum trará essa discussão para as próximas reuniões que iniciam em fevereiro de 2014 porque isso tem de acabar, isso é ganância de empresários do estado.