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13/10/2021 11:00

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Guerra sombria: governo reforça segurança na fronteira de MS após execuções

Onda de assassinatos iniciou com execução de vereador de Ponta Porã

A Sejusp (Secretaria de Estado, Justiça e Segurança Pública) reforçou a segurança na fronteira de Mato Grosso do Sul com mais de 80 homens após a onda de assassinatos na região de Ponta Porã. O final de semana foi marcado por execuções que até agora resultaram em sete mortes.

A guerra sombria que paira em Pedro Juan Caballero chega a Ponta Porã, e as Forças de Segurança do Estado realizam patrulhamento desde a cidade até Sete Quedas, afirma o secretário da pasta Antônio Carlos Videira.

“Estamos com mais de 80 homens reforçando, todo o efetivo já empenhado desde Pedro Juan Caballero até Sete Quedas, com o objetivo de proporcionar mais segurança e apoiar as autoridades paraguaias no esclarecimento desses quatro homicídios [de estudantes brasileiras e homens paraguaios], assim como também apoiar a Polícia Civil a e da Delegacia Especializada de Homicídios que estão trabalhando em prol de identificar os autores do homicídio do vereador Farid.”

Execuções

A primeira morte registrada no final de semana foi do vereador de Ponta Porã Farid Afif (DEM). Ele foi executado a tiros por um pistoleiro em uma moto no final da tarde sexta-feira (8).

O vereador andava de bicicleta em frente a uma revendedora de carros quando foi atingido até a morte. Ele chegou a publicar um vídeo nas redes sociais comentando sobre o percurso que estava fazendo. 

A DEH (Delegacia Especializada em Homicídios) de Campo Grande assumiu a investigação do caso. 

No sábado (9), também foi registrado mais quatro mortes por execução, sendo que uma das vítimas é Haylee Carolina Acevedo Yunis, de 21 anos, filha do governador de Amambay, Ronald Acevedo. 

Morreram também Kaline Reinoso; Osmar Vicente Álvarez Grande, o 'Bebeto'; e Rhannye Jamilly. 

A polícia paraguaia prendeu ontem (11), seis brasileiros acusados de participarem do assassinato. A Polícia acredita que Bebeto, era o principal alvo dos pistoleiros. Mais de 100 disparos foram feitos.

Depois disso, dois policiais paraguaios foram executados ontem (12).

Outros atentados

Em entrevista a uma rádio local, o governador de Amambay, Ronald Acevedo afirmou que Pedro Juan Caballero é “um mercado livre de assassinatos e tráfico de drogas”. 

É espantoso o número de execuções e tentativas de assassinato na fronteira. Isso reflete nas cidades de MS.

Em abril deste ano, por exemplo, a casa do vereador Mauro Ortiz (PSDB), em Ponta Porã, foi alvejada por tiros e o filho de 3 anos ficou ferido. 

Também em Ponta Porã, em 2019, o ex-candidato a prefeito e ex-vereador, Chico Gimenez, foi assassinado após pistoleiros invadirem a casa. 

Chico Gimenez era tio do narcotraficante Jarvis Pavão.

Pavão está recolhido na Penitenciária Federal de Brasília, após ser condenado a 16 anos e cinco meses de reclusão, em regime fechado, mais multa. 

A onda de violência extrema na região também teve início após a morte do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, em junho de 2016. Ele era chamado de "rei da fronteira" e foi morto a tiros durante uma emboscada coordenada pelo PCC.

Autoridades das forças de segurança de Pedro Juan Caballero e de Ponta Porã afirmam que ao menos 15 pessoas foram assassinadas na região nas duas últimas semanas.

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