Neste ano, o início do horário de verão coincide com o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): o domingo de 4 de novembro. A decisão foi divulgada na noite de segunda-feira (15) pelo governo federal, depois do anúncio de que o horário de verão seria adiado por duas semanas para evitar confusões com os candidatos do Enem 2018.
Isso quer dizer que, à meia-noite de sábado (3) para o domingo (4), os moradores de dez estados e do Distrito Federal deverão adiantar o relógio em uma hora. Assim, os moradores dos demais estados do Brasil ficarão uma hora a menos em relação ao fuso horário anterior.
No total, o país terá quatro fusos horários diferentes, mas o horário de fechamento dos portões para o início da prova do Enem acontecerá na mesma hora, seguindo o horário de Brasília: 13h. Quem se confundir com o horário local e chegar atrasado perderá o exame.
Veja abaixo os detalhes sobre o horário de verão deste ano e os horários locais de fechamento dos portões do Enem em cada estado:
Quais estados precisam adiantar o relógio no dia 4?
Segundo o decreto, dez estados, além do Distrito Federal, precisarão adiantar o relógio em uma hora.
• Região Sul: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná
• Região Sudeste: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais
• Região Centro-Oeste: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal
Como o horário local em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul atualmente já está uma hora atrás de Brasília, essa diferença continua igual. Isso quer dizer que o fechamento dos portões nesses dois estados acontece às 12h do horário local.
Horário das provas (horário OFICIAL de Brasília)
• Abertura dos portões: 12h (horário de Brasília)
• Fechamento dos portões: 13h (horário de Brasília)
• Início das provas: 13h30 (horário de Brasília)
• Saída permitida a partir das 15h30 sem o caderno de provas.
• Saída liberada com o cartão de provas: 18h30 (horário de Brasília)
• Fim da prova: 19h (horário de Brasília)
Horários LOCAIS de fechamento dos portões
13h (fechamento dos portões no horário local)
• Distrito Federal
• Espírito Santo
• Goiás
• Minas Gerais
• Paraná
• Rio de Janeiro
• Rio Grande do Sul
• Santa Catarina
• São Paulo
12h (fechamento dos portões no horário local)
• Alagoas
• Amapá
• Bahia
• Ceará
• Maranhão
• Mato Grosso
• Mato Grosso do Sul
• Pará
• Paraíba
• Pernambuco
• Piauí
• Rio Grande do Norte
• Sergipe
• Tocantins
11h (fechamento dos portões no horário local)
• Amazonas (com exceção de 13 municípios abaixo)
• Rondônia
• Roraima
10h (fechamento dos portões no horário local)
• Acre
• Amazonas (13 municípios da região sudoeste: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Lábrea, Pauini, São Paulo de Olivença e Tabatinga)
Entenda a mudança no horário de verão
Em setembro, o Ministério da Educação chegou a pedir o adiamento do início do horário de verão para evitar prejuízos aos estudantes que farão o Enem nos dois domingos de 4 e 11 de novembro. O argumento é que a necessidade de adiantar os relógios em uma hora pode confundir os candidatos.
O ministro da Educação, Rossieli Soares, chegou a comemorar a mudança de data na página dele no Facebook. Em 3 de outubro, ele escreveu: "Candidatos terão mais tranquilidade para fazer as provas! Caso o horário de verão iniciasse no primeiro dia de provas do Enem, como estava previsto, muito provavelmente acarretaria em prejuízos aos participantes".
De acordo com a Casa Civil da Presidência, o decreto que faria a alteração para o dia 18 não foi publicado no “Diário Oficial da União”.
Procurada pelo G1, a Presidência informou que o governo avaliou o pedido do MEC, porém, não foi possível atender à demanda.
“Conforme decreto assinado pelo presidente Michel Temer, o horário de verão começará no dia 4/11. Não haverá adiamento”, informou a assessoria da Presidência.
Segundo apuraram o G1 e a TV Globo, o governo decidiu manter o início do horário de verão em 4 de novembro em nome da "segurança jurídica", em razão do decreto já publicado.
A mudança do início do horário de verão de 4 para 18 de novembro foi criticada pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que representa as maiores empresas áreas do Brasil.
A entidade argumentou que a mudança poderia levar passageiros que compraram passagens com antecedência a perderem seus voos. Segundo a associação, cerca de 42 mil voos poderiam ser afetados e pelo menos 3 milhões de passageiros seriam prejudicados.