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Cidades

há 6 anos

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Índios dizem que coordenador da Funai ‘encenou’ agressões físicas

'Não quis entrar na sede da Funai e saiu correndo, se jogou na calçada', relatou liderança

As lideranças que ocupam a sede da Funai, em Campo Grande, nesta segunda-feira (2), alegam que o coordenador regional Paulo Rios encenou agressões físicas e se recusou ao diálogo com os indígenas.

“Ele não conversou com a gente. Não quis entrar na sede da Funai e saiu correndo, se jogou na calçada. Deve ter algum ferimento mesmo, mas ele que encenou. Não fizemos nada. Temos até vídeo para provar caso ele faça alguma coisa”, relata Otoniel, da etnia Terena.

A reportagem solicitou o vídeo, mas a liderança informou que não está autorizada a repassar as imagens. No entanto, garante que pode comprovar que Paulo Rios não foi agredido caso a polícia solicite.

Mais cedo, o coordenador regional informou que foi agredido com lanças e pontapés, sendo que não conseguiu dialogar com os índios. “Estou aqui na Polícia Federal, estou todo machucado, vou registrar um boletim de ocorrência. Me agrediram no meio da rua”, relatou.

Paulo alega que o descontentamento é de apenas algumas lideranças que querem emplacar Henrique Dias, da região de Buriti, como seu substituto. Bastante abalado, ele garante apenas que não vai renunciar. 

Paulo Rios mostra resultados de supostas agressões - Foto: Repórter Top

O protesto

Os índios protestam por suposta ingerência de Paulo Rios, incitação de grupos nas comunidades, além de supostamente reconhecer aldeias que não existem e distribuir certificados a caciques, o que não é atribuição do órgão. As lideranças acampadas são da região de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti.

“Há um descontentamento geral dos caciques da região não só de Sidrolândia e Dois Irmãos, mas também de Nioaque, Aquidauana e Miranda, por ele fazer algumas ações que não competem a ele e sim à comunidade”, diz o professor Messias, liderança da aldeia Córrego do Meia, de Sidrolândia.

Segundo a liderança, Paulo Rios está fazendo uma gestão autoritária, desrespeitando as cadeias de comando das aldeias. “Só porque ele é o coordenador, no entendimento dele ele pode fazer isso, mas não é ele que tem que dar a última canetada, cada comunidade tem sua administração”, reclama.

Professor Messias enfatiza que o grupo está deixando os funcionários trabalharem normalmente, mas não abre mão da exoneração de Paulo Rios. “Ele já esteve aqui, conversou conosco, mas está normal, tudo funcionando. Só o Paulo Rios que não quis entrar na Funai. Ele estava aguardando a polícia federal”, revela.

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