Um pedido de habeas corpus foi protocolado no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) pelo empresário João Roberto Baird, que é dono da Itel Informática e investigado na operação Coffee Break. Nenhuma decisão foi dada até o momento pelo relator, desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva.
No documento de defesa, Baird pede a paralisação das investigações da operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado ), solicitando a anexação de documentos ao procedimento investigatório 18/2015.
A operação Coffe Break investiga um possível esquema entre empresários, vereadores e o prefeito afastado Gilmar Olarte (PP por liminar), para cassar o prefeito de Campo grande, Alcides Bernal (PP) em março de 2014. Conforme o documento de defesa, Baird cita que no dia 7 de outubro, encaminhou ao grupo, um documento em que rebate informações do Ministério Público, constante no pedido de prisão temporária do empresário João Amorim e do prefeito afastado Gilmar Olarte (PP).
Mas, a inclusão dos dados foi negada no dia 15 de outubro, alegando que o procedimento poderia causar “tumulto processual”. Bair destaca que seu interesse não era cassar o prefeito e alguns demonstrativos comprovam que o pagamento à Itel Informática foi restabelecido em junho de 2013, ainda na gestão de Bernal".
“Do exposto, percebe-se claramente que João Roberto Baird e a empresa Itel Informática Ltda. não foram agraciados com vantagens na gestão administrativa de Gilmar Olarte, muito menos prejudicados quando Prefeito Alcides Bernal”, alega a defesa.
Segundo o documento, não existem provas de que João Bair tenha oferecido vantagens aos vereadores para votarem a favor da cassação.