A jovem Priscila Rodrigues da Silva, de 21 anos, que perdeu o útero após adquirir uma forte infecção na cirurgia do parto, realizado no dia 12 de maio, na maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande, sofreu morte cerebral após passar por um quarto procedimento cirúrgico.
Segundo uma amiga da família, que preferiu não se identificar, a jovem sofreu morte cerebral na manhã desta terça-feira (22), no entanto, o coração da paciente está funcionando e os médicos farão novos exames para que ela possa responder aos estímulos.
"Eles não desligaram o aparelho. Acreditamos que ela ainda vai se recuperar", disse a amiga de Priscila. Na última quinta-feira (17), o marido da jovem, Everton Alves Bonfim, de 23 anos, relatou que ela havia retornado para o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Regional do Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian, onde está internada desde o dia 21 de maio.
Segundo Bonfim, a paciente apresentou piora após ser colocada em um quarto em contato com outros pacientes, também, com infecção. "Toda vez que ela melhora, eles a tiram de lá e a colocam no quarto em contato com outras pessoas também com infecção", contou.
Ainda sem prontuário médico e sem um posicionamento por parte da maternidade, a família não descarta a possibilidade de processar o hospital, caso seja comprovada negligência no atendimento à jovem que chegou a ser diagnosticada com apendicite, por um médico obstetra da maternidade Cândido Mariano, onde deu a luz a uma menina no dia 12 de maio.
Após o diagnóstico impreciso, Priscila foi encaminhada para o Hospital Regional onde passou por quatro procedimentos cirúrgicos. Após o caso se tornar público, a maternidade Cândido Mariano informou que abriria uma sindicância para apurar a denúncia feita pela família.
Nesta tarde, a reportagem entrou em contato com a administração da Maternidade Cândido Mariano, mas até o fechamento desta matéria não teve retorno.