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Cidades

Lixo e marginais causam problemas para moradores da região noroeste da Capital

Abandono

22 janeiro 2014 - 15h00Por Carlos Guessy

Incomodados com o mato alto, entulhos e até 'carniça', além do mau cheiro e excesso de lixo, os moradores e micro-empresários que moram no entorno das ruas Angatuba e Elenir Amaral e na rua Professor José Barbosa Rodrigues, nas imediações dos bairros Zé Pereira e Jardim Panamá, reclamam do descaso dos próprios moradores que descartam até sofás pelas ruas e do abandono do poder público depois da inauguração da avenida.

Os moradores da região do Imbirussu, estão indignados com a falta de atenção que a prefeitura tem dado para a região noroeste da cidade. Eles reclamam que o mato vem tomando conta das calçadas, ciclovias e até do asfalto, que foi inaugurado há pouco tempo.


Para Cleide Amorin, proprietária de uma conveniência nas imediações o que mais prejudica é a falta de iluminação a noite na avenida. "Não adianta ligar na prefeitura, eles não vem. O pior ainda é com a segurança. Nós que temos comércio temos que fechar as portas durante o dia, quando está sol, porque de noite, os malandros descem tudo pra avenida, para se drogarem e assaltar alguém. Aqui a noite é um breu, todos os postes estão sem iluminação. Temos que ficar trancados dentro de casa, na sorte e pedindo proteção a Deus.", lamenta Cleide.

Segundo a pensionista e microempresária, Célia Regina Jabra, 60 anos, quando chove a rua vira um verdadeiro rio ou um pantanal como ela mesma diz, "Vocês tem que ver a nossa situação na hora que inunda tudo isso aqui. Parece um rio do Pantanal, aparece cobra, aranha caranguejeira, sapo tem de monte e até jacaré do papo-amarelo. O ibama está direto aqui nesse brejão vendo os bichos." confessa Célia.

A pensionista deixa claro que não tem problemas com os bichos que moram em frente ao seu comércio, mas sim com a inundação que se forma, quando as chuvas do verão caem sobre Campo Grande. "Acho lindo os bichinhos que deus fez, mas poderiam colocar uma grande para eles não serem atropelados. Todo dia morre um quati na avenida, o povo não respeita o limite de velocidade." Ela ainda ressalta dos problemas com o cerol nas pipas das crianças que brincam na região "Quando não é o alagamento, são os bichos atropelados ou então um motoqueiro que se cortou com o cerol.", confessa.



Outra moradora que está bem preocupada é Zoraíde Sanches, 63 anos, funcionária de uma loja de roupas semi-novas exatamente onde acontece os inundamentos. "A nossa região melhorou muito depois do asfalto, mas nessa época do ano, verão chove muito e o córrego está raso e cheio de lixo, galhos e acaba transbordando.". Ela explica ainda do forte odor de esgoto que se espalha pela região, além das fezes que ficam expostas na calçada e na rua, "Depois que a água abaixa, pensa no cheiro ruim, é porcaria pra tudo que é lado. Como temos comércio, temos que limpar, lavar com água sanitária, desinfetante. Minha água está vindo cara, não vou ter condições de pagar." afirmou Zoraíde.


 

Vários problemas foram encontrados na região: placas de sinalização escondidas pelo mato, ponto de ônibus dentro do matagal, ciclovias tomadas de mato, calçadas (onde existem) sem condições de transitar, depósito de lixo e o asfalto com buracos.

Os moradores estão insatisfeitos com a falta de cuidados da prefeitura em relação à limpeza da região, tomadas pelo mato e pedem com urgência uma ação da Prefeitura de Campo Grande ou do setor responsável que faça a limpeza da região.

A assessoria da Prefeitura respondeu que a programação de limpeza é divulgada todos os dias no site oficial e que o cidadão pode denunciar pelos telefones 156 ou (67) 3314-4639.