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Cidades

‘Membros relapsos’, responde diretoria da Santa Casa sobre conselheiros que renunciaram

Ao deixar o cargo, eles denunciaram uma suposta caixa preta no hospital

18 junho 2019 - 19h00Por Maressa Mendonça

Após a renúncia de dois conselheiros da Santa Casa em Campo Grande, em meio a denúncias de nepotismo e gastos injustificados, a diretoria do hospital emitiu uma nota afirmando que se tratavam de “membros relapsos”, responsáveis por críticas sem fundamento e que incitavam a discórdia durante as reuniões.

Estas características são atribuídas aos ex-conselheiros Alfredo Sulzer e Wilson Teslenco. Também há críticas contra Irapuã dos Santos, excluído do quadro de associados.

Toda esta confusão começou após Sulzer e Teslenco redigirem uma carta de renúncia apontando várias falhas a gestão. Dentre elas, nepotismo, contratações suspeitas e gestão centralizadora. Outra crítica está relacionada ao aumento da dívida.

Na carta, os conselheiros afirmam que a atual gestão assumiu com dívida de 100 milhões de reais e que hoje está em cerca de 250 mi. O documento de renúncia é datado de 11 de junho deste ano e foi recebido por um diretor-secretário do hospital.

A NOTA

Em nota, o presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento nega todas as acusações e fala que todas as denúncias são ''irresponsáveis''. Segundo ele, a dívida se manteve a mesma e a queixa de nepotismo é infundada.

O Ministério Público Federal tem um ranking de transparência dos hospitais brasileiros, públicos ou conveniados com o SUS. São mais de 5 mil hospitais e a colocação da ABCG-Santa Casa nesse ranking é na 9ª posição. Por aí se vê a inconsistência das afirmações dos acusadores.

Nascimento esclareceu que uma diretora-técnica citada pelos denunciantes entrou em 2012 por meio de processo seletivo, antes do marido ser associado. Ele nega falta de transparência e diz que todas as decisões da diretoria são postas para análise do Conselho.

A sua designação para o Cargo Técnico decorre de suas qualidades profissionais e pessoais, depois de haver ocupado várias coordenações de equipe, do centro cirúrgico e a gerência médica. Sua designação foi da livre escolha do então Superintendente, Dr. Augusto Ishy. Seu esposo somente tornou-se associado posteriormente. Então estaria havendo um nepotismo às avessas: Ela que teria trazido o esposo para ser associado? Nada tem a ver a atuação de responsabilidade técnica do hospital com gestão financeira. A acusação é gratuita e irresponsável contra a servidora.

O presidente disse ainda que as denúncias vem em um momento pré-eleitoral  e por isso vê relação das denúncias com o processo eleitoral.

Os Comitês no passado, sob controle dos atuais detratores serviram, em alguns casos, para esses senhores acusadores montassem linha de frente de disputa eleitoral nas últimas eleições. É a mesma tática que utilizam agora, na antevéspera de nova eleição.