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Cidades

29/10/2013 08:00

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Mesmo sem sede, Igrejinha luta para retornar ao carnaval em 2014

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Integrantes da escola de samba Igrejinha lutam para retornar ao desfile de carnaval em 2014. Desde que foi interditada, no início de 2013, a agremiação está sem um local específico para realizar os ensaios. " É a nossa maior dificuldade. Sem uma sede fica difícil receber recursos para investir no carnaval do ano que vem. Precisamos resolver esse impasse em até quatro meses", afirma o presidente da escola Paulo Freire.

Segundo Freire, hoje, os componentes estão realizando os ensaios, que eram quase que diários, no sábado e domingo em uma sede emprestada da Associação de Moradores do Bairro Saraiva. Ele afirma que os componentes da agremiação precisam ter um local fixo para começar a confecção das fantasias. "Estamos tentando agendar com o prefeito para saber qual área pode ser disponibilizada para fixarmos a nossa sede, a prefeitura tem de dar essa liberação para não corrermos o risco de não participar do desfile do ano que vem que está previsto para março", acrescentou.



Imbróglio- De acordo com o presidente da Escola de Samba, o impasse começou por meio de uma denúncia anônima, feita ao Ministério Público, em 2012. "Fizemos um evento na Rua 14 de Julho, onde compareceram cerca de 5 mil pessoas e foi realizado em parceria com a Liga das Escolas de Samba de Campo Grande, prefeitura e governo do estado. Alguém fotografou e enviou para o Ministério Público, que entendeu que a Igrejinha era uma casa de shows e estava pertubando a ordem e o sossego”, lembra. Após a denúncia, o MPE notificou a diretoria e solicitou um projeto de impacto ambiental, com isolamento acústico no barracão para liberar os ensaios. Sem recursos para corrigir a acústica do local, a Igrejinha foi interditada e os integrantes optaram pela não participação no desfile de 2013, já que o barracão havia fechado as portas. “O prédio não era da igrejinha, era alugado, por isso ficou inviável efetivar a adequação. Se não poderíamos dar sequencia nas nossas atividades, então não poderíamos desfilar”, justifica. Segundo o presidente o processo contra Igrejinha foi arquivado.



Retorno – Com pouco mais de quatro meses para o início do carnaval na Capital, Paulo Freire acredita que a entidade dará a volta por cima. “A comunidade merece que a nossa escola volte a pisar na avenida e retome seu lugar, porque a Igrejinha faz parte da cultura do samba de Campo Grande. Em 2012 levamos 1200 componentes para às ruas que cantaram o enredo da Igrejinha com garra, paixão” ressalta.Para que a vontade se concretize, integrantes e simpatizantes da entidade, que coleciona mais de 20 títulos desde 1975, estão acelerando os passos, literalmente, para começar 2014 a todo vapor. “No dia 10 de novembro vamos fazer uma feijoada para arrecadar recursos para a Igrejinha, porque precisamos confeccionar as fantasias. A feijoada será para 500 pessoas” adiantou Paulo Freire.



Homenagem – O otimismo tem razão de ser. Desta vez, a agremiação pretende contar na avenida a história do carnavalesco Valdir Gomes. A homenagem fará menção aos 35 anos de dedicação carnavalesca do sul-mato-grossense. “Eu me sinto muito honrado. É gratificante receber um reconhecimento ainda em vida”, diz Valdir confirmando também a participação de outros carnavalescos que sairão no desfile da escola. Em 2013, a escola iria homenagear os principais artistas de Mato Grosso do Sul.

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