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Cidades

Monumentos da Capital são esquecidos pelo poder público. Quem deve zelar pelo bem, a população ou go

Abandono

17 janeiro 2014 - 11h00Por Carlos Guessy

Segundo um dos maiores dicionários do Brasil, o Aurélio, a palavra monumento significa: Obra ou construção destinada a transmitir à posteridade a memória de fato ou pessoa notável ou qualquer obra notável. Mas em Campo Grande boa parte desses imponentes feitos estão abandonados pelo poder público e pela população.

Os moradores da Capital talvez tenham um pouco de culpa nessa história, pois essas obras foram idealizadas para enfeitar, embelezar a Cidade Morena, porém isso ficou só mesmo no desejo dos antigos administradores de Campo Grande.

"Eu acho que temos o dever de cuidar também desses pontos. Pois moramos aqui, temos que zelar pelo nosso. Mas o poder público tem que ajudar com segurança e manutenção que são primordiais para o embelezamento do local", disse o pecuarista Aristides Correa.

A situação é  visível em alguns pontos da cidade, basta andar na região central para constatar o descaso. E muitas pessoas se indignam com essas verdadeiras "obras fantasmas".

A acadêmica de contábeis, Marianny Felicitá, 25 anos, moradora do Jardim Imá, acha uma falta de respeito por ser uma Capital estratégica que visa o turismo, "Eu nasci aqui e tenho maior orgulho da terra, mas as vezes da vergonha de ser campo-grandense. Olha esse Tuiuiú, um horror, bem na frente do aeroporto, na entrada da cidade, na br que vai para Corumbá? Triste ver isso", desabafa.


Marianny se refere ao monumento na entrada do Aeroporto Internacional de Campo Grande, três estátuas de tuiuiú. O monumento que representa a ave símbolo do Pantanal, foi destruído depois que um temporal caiu sob a cidade.

Da estátua, apenas as pernas sobraram inteiros, enquanto o corpo foi todo ao chão. Para tentar preservar o monumento, foi colocado um tapume, que esconde os estragos dos visitantes.

A assessoria de imprensa regional da Infraero, se manifestou por e-mail ao Top Mídia News e avisa que apenas o artista das estátuas é quem pode mexer nelas. No momento, a reforma da obra está em processo de análise de orçamento.  

Outro exemplo de abandono é o relógio de flores que foi construído em 2012, no cruzamento das avenidas Duque de Caxias e Lúdio Martins Coelho, no bairro Taveirópolis.


No local, o gramado do canteiro está bem aparado, mas o relógio em si que era para ser de flores deixa a desejar. O relógio sempre estraga e os ponteiros estão parados e os números com a pintura desgastada.

"Eu moro aqui próximo e sempre vejo mulecada mexendo nos ponteiros. Era para ser uma obra tão bonita, o ex-prefeito se inspirou em Curitiba, lá tem vários na cidade. É a coisa mais linda do mundo, todo florido, bem cuidado, bem irrigado. O nosso clima é forte, tinham que repensar nisso aqui. Colocar um guarda municipal, talvez. Quem chega ou vai para as cidades turísticas como Aquidauana, Miranda e Corumbá, se assusta com o total abandono dessa obra", desabafou Meiriele Medina, funcionária pública federal.

E não são apenas os monumentos que estão praticamente "jogado as traças" pela Capital. O obelisco no meio da avenida Afonso Pena está pichado, o coreto da praça Cabeça de Boi, em frente a praça das Araras, está tomado de lixo e mendigos.



Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura que nos respondeu por telefone, a Secretaria Municipal de Obras fará a limpeza no entorno do relógio, mas não soube responder sobre a questão da manutenção e se há previsão para colocar flores e até para funcionar os ponteiros. Sobre as pichações do Obelisco e dos bustos localizados nas praças, uma equipe será designada para ver o tamanho das pichações para então realizar os reparos de pintura.