O acúmulo de água resultante das chuvas de verão, que tem ocorrido na Capital neste mês de janeiro aumentou a proporção de larvas do aedes aegipty, mosquito transmissor da dengue, segundo dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Bairros considerados com baixa incidência no último LIRAa ( Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegipty) tiveram uma significativa classificação de risco quanto ao índice de infestação predial.
Dos 38 bairros pesquisados na Capital, oitos chamam atenção. Locais como o da Chácara Cachoeira, Santa Fé e o Autonomista tiveram um índice de 4,2%. Já os bairros Guanandy, Taquarussu e Jacy apresentaram 4,7% de infestação. Nos bairros Cruzeiro e São Francisco, o levantamento apontou 5,3% para cada 100 imóveis pesquisados. Conforme a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, até agora foram notificados 195 casos de dengue em Campo Grande.
A falta de limpeza nas residências segue causando preocupação. Pela tabela da Sesau , os focos de dengue foram encontrados em 77,9%, das residências, seguido por 12,2% dos comércios, e 7,7% nos terrenos baldios. Outros locais apresentaram 2,6%. A amostragem vai do dia seis ao dia dez de janeiro de 2014. “Não adianta eu fazer a minha parte se o meu vizinho não fizer a dele. A prefeitura tem mais é que multar bem alto quem não colabora, só assim, doendo no bolso às pessoas terão um pouco mais de sensibilidade e limparão seus quintais”, observa a dona de casa Cleide Oliveira, 39 anos.
De acordo com a Sesau , o mapeamento dos locais está sendo concluído a partir do número de notificações de suspeitas de dengue e da presença de focos de proliferação do mosquito transmissor da doença: aedes aegipty. Em 2013, segundo a secretaria foram notificados 46.448 casos e registrados 12 óbitos em decorrência da dengue.
Atendimentos em UPAs - Procurada pela reportagem, a assessoria da Santa Casa informou que os casos de dengue, no município estão sendo encaminhados para as UPAs ( Unidades de Pronto Atendimento) dos devidos bairros para que os pacientes tenham o acompanhamento necessário para tratar a doença. Segundo a assessoria, a Santa Casa de Campo Grande não é um hospital de referência para atender os casos de dengue ocorridos na Capital.