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Cidades

02/11/2019 11:45

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No cemitério Santo Amaro, 120 mil pessoas são esperadas neste dia 2 de novembro

Ao todo 44 mil sepulturas estão registradas no maior cemitério público de Campo Grande

Celebrações religiosas e visitas emocionadas, esse é o cenário encontrado por quem esteve no cemitério Santo Amaro, o maior de Campo Grande, na manhã deste sábado, 2 de novembro. Corredores lotados e muitas pessoas aproveitaram para fazer manutenção nas sepulturas e prestar homenagens aos parentes ali sepultados.

Na Avenida Presidente Vargas, que passa em frente ao local, o trânsito está bloqueado nos dois sentidos e Agentes da Agetran e Guarda Civil Municipal fazem o controle do tráfego. O desvio para quem vem no sentido centro bairro é pela rua Alcantara Machado. Já para quem vem no sentido bairro centro a rua Presidente Antônio Carlos é a opção de desvio.

Já nas dependências do cemitério, na entrada principal, um terço foi rezado pelos fieis da Paróquia Coração Eucarístico de Jesus. De acordo com o ministro da comunidade Oscar Jose dos Santos, 59 anos, a intenção é trazer conforto para quem veio visitar entes queridos e em um momento de sensibilidade ouvir e rezar junto pode ajudar a amenizar a dor da perda.

“Nos vamos rezar o terço e cartar alguns louvores, todos os anos nos reunimos e fazemos este ato de fé e solidariedade”, explicou Oscar.

Além das homenagens, o dia também é de ganho para o desempregado Rafael Augusto Zigarte, 18 anos que presta serviço de manutenção em túmulos, segundo ele no ano passado, conseguiu ganhar cerca de R$ 700,00 limpando as covas.

                    

“Pinto cruzes e trabalho capinando. Cobro R$ 10,00 para qualquer um dos serviços. Ano passado fiquei os quatro dias e consegui fazer uma boa grana que me ajudou e pude dar um pouco de dinheiro para a minha mãe, pois moramos só ela e eu e como estou sem trabalho, já ajuda nas despesas”, comemorou.

Apesar da data ser considerada pelos católicos, evangélicos também fazem questão de ir ao local para lembrar de quem se foi e matar um pouco da saudade. Este é o caso da dona de casa, Marilene Correa, 55 anos, que a mais de 30, frequenta o local no dia de Finados.

“Hoje é dia de encontrar parentes, pois muitos passam por aqui, porque tem bastante gente enterrada aqui. Somos evangélicos e isso não significa que não temos sentimento pelos que se foram. A pouco tempo enterramos aqui três pessoas de nossa família que morreram em um acidente, então é dia de muita saúde e choro”, lamentou Marilene.


                       

Gojelina Amaral, 61 anos, trouxe toda a família e segundo ela já é tradição e apesar do dia quente, faz questão de ir aos pés do cruzeiro acender velas para os que estão enterrados longe.

“Vim aqui no cruzeiro acender vela para minha avó que está enterrada no Paraguai. Aqui fazemos nossas rezas e iluminamos as almas necessitadas”, explicou.

Com delicadeza e atenção, a dona Lizete Silva, 80 anos, arruma as flores no tumulo da irmã.

“Dia triste e de muitas lembranças, a saudade aperta no coração. Para aliviar, só com momentos de oração e muito esforço para que a tristeza não tome conta”, lamentou Lizete.

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