Nos últimos meses, os moradores do bairro Tiradentes em Campo Grande convivem diariamente com assaltos, assassinatos, acerto de contas e o constante tráfico de drogas que é um problema crônico da região. Esses crimes vem tirando o sono da comunidade que já não sabe o que fazer para chamar a atenção do poder público para que essa situação seja contida.
Na última quarta-feira (24), um possível acerto de contas matou um homem e deixou um adolescente ferido em plena luz do dia. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Tiago Macedo dos Santos da 4ª Delegacia de Polícia, a principal linha de investigação para esse homicídio é o tráfico de drogas.
Dois leitores que moram na região entraram em contato com o TopMídia News por meio do Repórter Top, afirmam que todos os moradores do Tiradentes estão assustados com a onda de violência que vem assolando o bairro. Segundo eles, a polícia só vai até o bairro quando acontece algum tiroteio ou alguma morte, mas depois disso não existe mais segurança.
"A gente não pode nem sair de casa mais. É tanto tiroteio que temos medo que uma bala perdida possa atingir um dos nossos filhos, familiares ou vizinhos. Porque não fazem rondas policiais aqui todo dia? Tenho certeza que a cada ronda iriam prender algum traficante diferente", reclama uma moradora que não quis se identificar.
'Beco do Tiradentes'
Outra reclamação dos moradores é sobre o 'Beco do Tiradentes'. Segundo eles, todo mundo sabe que ali é um ponto de compra de drogas e que vários traficantes frequentam o local e nenhuma atitude é tomada.
No dia 2 de setembro, policiais de Denar (Delegacia Especializada em Repressão ao Narcotráfico) apresentaram uma quadrilha que era responsável pela comercialização de drogas na região. No entanto, os moradores afirmam que foi só esses bandidos serem presos, para outros tomarem conta do local.
Quadrilha que comandava o 'Beco do Tiradentes' foi presa no início deste mês Foto: Geovanni Gomes
"Todo mundo se sente inseguro para sair de casa com toda essa violência. Aqui é normal de dia mesmo vermos várias pessoas fumando maconha como estivessem fumando cigarro. A polícia sabe que a situação aqui está complicada, porque não toma uma atitude?", se revolta outro morador que por medo de ser identificado também pediu anonimato.
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