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Cidades

28/08/2020 12:50

Operando com apenas 9 voos diários em MS, aviação prepara retomada da crise na pandemia

Em abril, apenas 8% da frota aérea estava funcionando; protocolos garantem segurança durante viagens

Operando com apenas nove voos diários em Mato Grosso do Sul, a aviação brasileira amargou queda vertiginosa no número de voos e na frota aérea. As informações são de entrevista do presidente da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), Eduardo Sanovicz, para o Brasil 61.

Segundo ele, o auge da pandemia do novo coronavírus, em abril, foi o pior para o setor em muitas décadas. “Nós tivemos 8% de malha no ar. Uma redução, portanto, de 92%. É a pior crise na história da aviação desde 1945, período da Segunda Guerra Mundial”, lamenta Sanovicz.

Apesar disso, os aviões foram essenciais para reduzir os danos causados pela doença, pois garantiu o transporte de equipamentos e de profissionais da saúde. “Se olharmos os países vizinhos, tudo parou. Nós ficamos de pé principalmente pela complexidade que é, de Brasília para cima, chegar com equipamentos, respiradores, exames, testes, remédios se não for de avião. Embora os passageiros tenham desaparecido, porque foram para casa corretamente se cuidar, era fundamental manter a carga no ar”, observa o presidente da Associação.

Foto: Brasil 61

A retomada dos voos comerciais tem sido lenta, mas constante. Em agosto, 35% da frota estava operando. “O setor já estava atendendo 61% dos aeroportos que atendíamos antes da crise, embora com número de voos ainda bastante reduzidos. Aeroportos que antes tinham sete ou oito voos hoje estão recebendo um, eventualmente dois voos, porque não há demanda para transportar”, pontua.

A segurança biológica é a principal preocupação. Um protocolo nacional vai ser implantado para que os passageiros possam se sentir seguros tanto em voos domésticos quanto em viagens internacionais, garantindo que as autoridades sanitárias de todos os países se sintam confortáveis em receber os brasileiros.

Eduardo Sanovicz detalha alguns aspectos para uma viagem mais segura. “Em todos os voos, os comissários reafirmam a necessidade de embarcar com distanciamento, ficar de máscara o tempo todo, avisam sobre a suspensão do serviço de bordo e, principalmente, sobre a existência do filtro hepa, que puxa o ar de cima para baixo nas aeronaves o tempo todo, sendo o ar da aeronave trocado completamente a cada três minutos”.

Conforme o presidente da Abear, se todos estiverem usando máscaras, mesmo com um passageiro ao lado, o risco de contaminação é quase nulo. “O filtro vai sugar o que eventualmente passar por sua máscara, o que faz do avião o meio de transporte mecânico mais seguro de todos. O filtro hepa é mais eficaz do que aquela de salas cirúrgicas”, assegura.

Veja a entrevista completa:

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