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Cidades

Policiais e bombeiros rejeitam abono e agora pedem 11,3% de reajuste

Aquartelamento

01 abril 2016 - 17h01Por Alessandra Carvalho

Policiais Militares e Bombeiros Militares não aceitaram a proposta de R$ 200, como forma de abono, do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. Em reunião nesta tarde (1°), na sede da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), em Campo Grande, as classes decidiram negar a proposta do Executivo.

O presidente da ACS (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), Edmar Soares da Silva, afirmou que a instituição fará uma contraproposta, de 11,36% de reajuste e mais R$ 300 de abono salarial. "Temos que ser tratados de igual para igual. E vamos pedir o mesmo reajuste dos professores", disparou.

Durante a reunião foram apresentados planos de ações para a próxima reunião com o Governo de MS, marcada para o dia 11 de abril, na SAD (Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização). Após a reunião, uma nova assembleia será realizada, na Praça do Rádio Clube, no dia 13 de abril.

 

Em Mato Grosso do Sul são seis mil Policiais Militares e 1,3 mil Corpo de Bombeiros. Um policial militar, que preferiu não ser identificado e atua na Capital há 13 anos, disse que a situação da categoria está defasada.

"Tenho amigos que começaram a trabalhar na Polícia Civil na mesma época em que fui para a PM. Ele ganha R$ 2 mil a mais. Um cabo da PM em Mato Grosso ganha R$ 6 mil. Estamos na rua 24 horas, nas ocorrências e temos que lutar pelos reajustes. O valor de R$ 200 oferecido pelo Governo não é negociação".

 

Edmar ressaltou que esse reajuste está sendo pedido desde dezembro de 2015. E será lembrado das correções  do quinquênio para, a cada cinco anos, ocorrer 5% de aumento. Triênio também com 3% e no sétimo nível para que os militares permaneçam no trabalho durante 30 anos e promoção automática dos praça. "O correto é o reajuste linear, percentual e abono. E esdrúxula essa proposta  com homens e mulheres que colocam a vida em risco para defender a população, oferecendo segurança".

Em 1997, foi feito o aquartelamento, que consiste em um tipo de greve que os militares permanecem no quartel para reivindicar algo, e durou sete dias. Em 2005, teve outra vez e durou cinco dias e o último foi em 2013, que durou três dias. Na Fetems compareceu 100 militares de 11 cidades dos interiores de MS.