A secretária Municipal de Educação de Campo Grande, Ângela Maria de Brito, acompanhada do secretário de comunicação, Edson Godoy e de seu adjunto, Osvaldo Ramos Miranda, convocaram a imprensa para falar sobre a possibilidade de paralização – não mencionaram greve – dos professores da Rede Municipal de Ensino (REME) e enfatizaram que o ano letivo pode ser prejudicado em caso de paralização das atividades de ensino na Capital.
Segundo discorreu a secretária, o Lei de diretrizes e Bases da Educação (LDB), preconiza que o ano letivo cumpra 200 dias letivos e, caso haja uma paralização neste mês de novembro, as aulas deverão avançar além das férias de dezembro e, dependendo da quantidade de dias, o ano letivo poderá se estender até janeiro ou fevereiro de 2015.
“Quando acontecem problemas, as aulas são repostas no sábado, mas dos 160 dias cumpridos, faltando 20 dias, restam apenas quatro sábados disponíveis para reposição das aulas, e os professores têm consciência disso. Por consequência, se as aulas se prolongarem até janeiro, tanto os alunos quanto os pais serão prejudicados, os pais não terão onde deixar os filhos e isso gera um problema social”, disse a secretária.
Ângela Maria ainda salientou que o valor pago é de R$ 1.567, por 20 horas/aula, mas os professores falam em equiparação ao piso nacional que determina o pagamento de R$ 1.697,37 por 40 horas. Essa é a diferença de 8,46% que a lei obriga a pagar. Para 20 horas/aula, a secretária afirma que Prefeitura já paga um bom salário, e apresentou planilhas que mostram que a renda média da categoria é de R$ 2.582,86.
A secretária de educação afirmou que o problema que vem sendo enfrentado foi ocasionado pela administração anterior, de Alcides Bernal, que provocou uma defasagem (sic) de R$ 380 milhões e, em função disso foram necessários reajustes para que os compromissos fossem honrados.
O secretário de Comunicação, Edson Godoy confirmou a viagem de Gilmar Olarte a São Paulo, na tentativa de conseguir uma adiantamento de R$ 50 milhões da concessionária Águas Guariroba, e disse que o prefeito pediu a compreensão dos pais e professores e um voto de confiança. Segundo Godoy, o prefeito garantiu que os problemas serão resolvidos em trinta dias.
Segundo o secretário, são inverídicas as informações de que houve inchaço na folha de pagamentos dos servidores pela contratação excessiva de comissionados.
Eleições
Durante manifestação na Câmara Municipal, o líder do prefeito, Edil Albuquerque disse uma das questões que levou à greve é o fato de a ACP estar em período eleitoral. O presidente da ACP, professor Geraldo, rebateu essa informação. “Existem três chapas independentes inscritas para a eleição, mas a preocupação principal de todos os concorrentes é que seja cumprida a lei e que o reajuste seja dado. Tudo o mais fica para segundo plano”, disse Geraldo.