A aprovação do projeto de lei federal 2302/19, que permite ao consumidor abastecer o próprio veículo nas bombas, ameaça o emprego de 7 mil frentistas em Mato Grosso do Sul. A estimativa é do Sinpospetro (Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Mato Grosso do Sul).
Para o presidente do Sinpospetro, José Hélio da Silva, é um erro achar que os frentistas apenas abastecem os veículos, além dos riscos da atividade. “Eles averiguam várias questões do carro, dão orientações. Não é só colocar gasolina”, disse.
José Hélio disse que a Federação Nacional dos Empregados em Posto de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo (Fenepospetro) também está realizando um trabalho de convencimento dos deputados e da sociedade em geral sobre o assunto. Eles divulgaram uma nota com quatro motivos para dizer não ao projeto.
Além do risco das demissões em massa e dos riscos do contato direto com os combustíveis, a Federação pontua também o possível aumento das filas e insegurança do próprio local com a ausência de trabalhadores. Isto porque muitos motoristas pedem ajuda nos postos.
O PROJETO
O projeto de Lei Federal 2302/19, do deputado Vinicius Poit (Novo-SP) , permite o funcionamento de bombas de autosserviço operadas pelo próprio consumidor nos postos de abastecimento de combustíveis, em todo o território nacional. No momento, ele está sendo analisado por algumas comissões da Câmara dos Deputados. A ideia é reduzir o preço do combustível com a redução dos encargos trabalhistas pagos pelos empresários.