A Prefeitura Municipal de Campo Grande confirma que ainda não começou o processo de compra dos uniformes dos alunos da Reme (Rede Municipal de Ensino) para o próximo ano letivo. Se levado em conta o tempo de abertura e final de licitação, é pouco provável que os estudantes recebam os kits escolares dentro do prazo em 2015.
A administração, comandada pelo prefeito Gilmar Olarte, do PP, caminha para repetir o mesmo erro administrativo de 2013 e 2014, quando os uniformes e materiais escolares foram entregues quase seis meses após o início das aulas.
A pasta de Educação, comandada pela secretária Municipal Ângela Brito, ainda sequer abriu processo para a compra dos uniformes e kits escolares. Com o fim de ano chegando, e as férias do funcionalismo público, o processo deve ter início apenas no próximo ano, já na beira do início das aulas.
Pelos trâmites legais, a licitação deve ser aberta, publicada em Diário Oficial, e ficar em andamento por, pelo menos, 30 dias. Após isso, as empresas interessadas em fornecer os materiais apresentam os preços. Quem oferecer o menor ganha a licitação e tem prazo, normalmente entre 15 e 30 dias, para entregar o produto. Em um quadro positivo - ou seja, em uma licitação que não seja contestada judicialmente - a compra dos kits escolares leva pelo menos 60 dias. Caso haja processo judicial, pode se arrastar por meses.
Este ano, Olarte e Ângela entregaram os uniformes apenas em agosto, já no segundo semestre de aula. Enquanto isso, pais dos alunos matriculados da Reme reclamaram das condições oferecidas nas instituições de ensino, e nos altos gastos com os materiais.
A Capital, com quase nove meses sob o comando do prefeito Gilmar Olarte (PP), ainda passa pelos mesmos problemas da antiga administração de Alcides Bernal. O começo do ano letivo, marcado para o próximo mês de fevereiro, provavelmente como nos últimos dois anos, será mais uma vez sem os uniformes e sem os kits.
O mesmo medo dos últimos anos, que já está virando uma 'rotina', volta a assombrar os pais dos aproximadamente 90 mil alunos que estudam na Rede Municipal de Ensino. A grande maioria explica que não tem condições de comprar materiais escolares e que contam com a ajuda da prefeitura.