Apesar de parecer distante, o trabalho escravo ainda é uma realidade de muitos brasileiros que precisam conviver com diversos tipos de desigualdades. Pensando em diminuir o problema, o MPT (Ministério Público do Trabalho) desenvolveu uma ferramenta que traz a divulgação de dados municipais para que gestores desenvolvam políticas públicas.
O Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas permite que a pessoa veja dados da situação nos últimos anos. De 2003 a 2018, cerca de 2,5 mil pessoas foram resgatadas por ano no país.
No mesmo período, em Campo Grande, 40 pessoas foram resgatadas do trabalho escravo, quando teve início o pagamento do seguro-desemprego para resgatados, destes 39 afirmaram ter nascido na Capital.
Já com relação à atividade desenvolvida no momento do resgate, muitos atuavam no setor agropecuário, desempenhando as funções de lagareiro, trabalhador da pecuária (bovino cortes), operador de motosserra, trabalhador na cultura de soja, trabalhador de extração florestal-em geral, carbonizador, viveirista florestal.
Dos resgatados naturais, ou seja, que nasceram no Estado, somaram 82%.Todos os resgatados apresentavam baixo grau de escolaridade e faixa etária de 18 a 60 anos. De 2003 a 2018, em Campo Grande, de acordo com a ferramenta, foram realizadas 4 operações de combate ao trabalho escravo.
No estado de Mato Grosso do Sul, o município que mais realizou operações de combate, foi Dourados, com 8 operações. No entanto, o estado peca com relação à reinserção de suas vítimas em condições de trabalho forçado ou escravo, dos 79 municípios, apenas 15 possuem essa política.
A pesquisa detalhada pode ser encontrada clicando aqui.