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Cidades

21/01/2014 15:00

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Três tipos de vírus da dengue circulam na Capital

Infestação

Do início de janeiro até o último domingo (19) foram notificados 254 casos de dengue na Capital Campo Grande. São cerca de 13 casos da doença por dia. Os vírus que estão em circulação na cidade são três: tipo 1, 2 e 4. Informações repassadas pela Secretaria Municipal de Saúde, a Sesau, o tipo 3, que pode causar epidemia no próximo verão, ainda não foi encontrado neste ano.

Em janeiro 2013, a Secretaria Municipal de Saúde contabilizou 23 mil casos e o prefeito Alcides Bernal (PP) criticou a gestão passada por não planejar as ações com antecedência. Ele chegou a anunciar uma pré-campanha, mas lançou tardiamente. Um mês se passou do verão, período em que as chuvas são mais freqüentes, assim como os índices de dengue.


Para chamar a atenção sobre o problema, especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgam a iniciativa 10 Minutos Contra a Dengue, criada em 2011, para que as pessoas combatam o foco do Aedes aegypt dentro de casa.

A pesquisadora Rafaela Vieira Bruno informa que em 80% dos casos o Aedes aegypt vive e se reproduz dentro e no entorno das residências “O mosquito tem uma capacidade de voar até 800 metros. Se você não cuida, mas o seu vizinho cuida, ele pode ser picado por um mosquito que nasceu até 800 metros de distância da casa dele”, disse a pesquisadora. “Por isso, é tão importante que haja um esforço da comunidade em geral, de todo mundo”, completa.

No bairro Santa Fé, um dos maiores índices de infestação, dois amigos dividem uma casa, na forma de república, Emerson Aquino e Anderson Lucas, acadêmicos do curso de administração de uma universidade, dizem estar preocupados com o alto índice de infestação de larvas. "Somos do interior e moramos em uma república, estamos na cidade para estudar e trabalhar. Saímos cedo e só voltamos tarde da noite. Não sei se os agentes de saúde passaram aqui em casa. Pelo menos no nosso quintal não tem foco algum, agora a casa da esquina que tem muito mato e plantas, está infestado, segundo os vizinhos", disse Emerson.



Por outro lado, a moradora do bairro Monte Castelo, a funcionária pública, Zilma Gama, disse que sofreu um descaso com as autoridades da saúde, pois nenhum médico conseguiu diagnosticar de fato o seu estado clínico no começo desse ano.

Ela e o esposo, apresentaram praticamente juntos os sintomas da dengue (febre, dores musculares, falta de apetite) "Eu e meu marido começamos a ter os mesmos sintomas. Procuramos a UPA do Coronel Antonino e o médico passou paracetamol, mais não pediu exame de sangue detalhado para confirmar se era dengue mesmo.  Depois procuramos a Prontomed na Santa Casa e também não pediram exame algum. Ficamos mais de uma semana na base dos remédios e foi passando. Não sei se o que tivemos era mesmo dengue", indagou a funcionária.

Apesar de a Secretária de Saúde dizer que a situação está tranquila, em relação ao mesmo período do ano passado, em alguns bairros da cidade o índice de infestação varia entre 4,2% a 5,3%. Valor muito acima do nível considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde, que é de 1%.

Em 2013 foram registrados 46.448 casos notificados e 12 mortes confirmadas causadas pela doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. O Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes Aegypti, (LIRAA) do mês de janeiro mostra que 2,1% dos imóveis possuem focos do transmissor da doença.

O LIRAA de janeiro mostra que a situação é grave nos bairros Chácara Cachoeira, Santa Fé, Autonomista,Cruzeiro, São Francisco, Guanandi, Taquarussu, Jacy. Nestes bairros, o índice de infestação varia de 4,2% a 5,3%, valor muito acima do nível considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde.



"Se não mandarmos capinar esse mato daqui da frente de casa, isso vira uma floresta e toma conta do terreno todo. Com esse tempo chuvoso é perigoso escorpião, cobra, aranhas e lógico o mosquito da dengue. Eu nunca vi o pessoal da prefeitura vir aqui roçar esse mato", desabafou o enfermeiro Douglas Pereira, morador do bairro Guanandi.

Segundo a Prefeitura, cerca de 500 agentes de Controle de Edemias trabalham no combate e na prevenção do mosquito da dengue e 1600 agentes comunitários de saúde ajudam na prevenção na cidade toda, além de seis caminhões e duas máquinas fazem a limpeza dos locais com grande acúmulo de lixo, como terrenos baldios, vias públicas e depósitos. Quem quiser denunciar casos que facilitam o avanço na doença na cidade pode ligar nos telefones 3313-5000 ou 3313-5001.


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