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Cidades

22/12/2018 07:00

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Vai viajar? Pedágio está nas alturas, mas duplicação que é bom só em 150 km da BR-163

Hoje, custo para percorrer os 845 km da rodovia é de R$ 59,60

Para quem vai viajar neste fim de ano, a sugestão é revisar os pneus...freios...e a carteira. Isso, porque a tarifa de pedágio da BR-163 já sofreu três aumentos desde 2015, mas a duplicação que deveria ser feita em pelo menos 800 quilômetros da BR-163, só chegou a 150 quilômetros.

Para percorrer os 845 quilômetros da rodovia que corta o estado entre Mato Grosso e o Paraná, o usuário gasta cerca de R$ 59,60.

Quem defende a concessão das rodovias garante que, por conta da pista dupla e reformada, o motorista gastará menos combustível e a manutenção dos veículos, como pneus, por exemplo. Mas isso é na teoria, porque na prática as melhorias só chegaram a um sexto da rodovia.

O contrato inicial entre o governo federal e a CCRMSVia, braço da empreiteira CCR, que atua no mesmo ramo nas maiores rodovias paulistas, previa que, em cinco anos, pelo menos 798 quilômetros seriam duplicados. Hoje só 150 km.

BR-163 entregue à CCRMSVia (Foto: Reprodução Dourados News)

'Presente'

Em abril de 2017, CCRMSVia abandonou os trabalhos de duplicação na rodovia alegando que a arrecadação com o pedágio caiu em razão da crise financeira do país. À época, disse que só voltaria a fazer melhorias na pista caso o governo fizesse uma repactuação de contrato.

Em meados de agosto de 2017, o governo federal cedeu às pressões e deu um presente 'de mãe para filho' para a concessionária. Houve repactuação do contrato e a obrigatoriedade de duplicar a rodovia passou do prazo de cinco anos  para 14 anos. Ou seja, a CCRMSVia teve o tempo triplicado sem exigência de redução nas tarifas.

Tarifas

Desde que foi autorizada a cobrar pedágio, em 2015, a CCRMSVia já aumentou o pedágio em três oportunidades, nas praças de pedágio espalhadas pela rodovia.

O primeiro peso no bolso do motorista que viaja em Mato Grosso do Sul foi em 14 de setembro de 2016, conforme previsto no contrato com a empresa.

No dia 14 de setembro de 2017, dias após retomar as obras paralisadas em razão do impasse com o governo, sobre a repactuação do contrato, o pedágio pesou mais 8,6% no bolso do usuário.

No dia 17 de outubro deste ano, a Agência Nacional de Transportes Terrestres autorizou reajuste de 2,18 na tarifa. Na prática, houve 10 centavos de aumento na cobrança.

Em nota ao TopMídiaNews, a concessionária explicou que pediu repactuação do contrato baseado em eventos - não imputáveis à concessionária - que resultaram num acentuado desequilíbrio de ordem econômico-financeiro, prejudicando o acionista privado e as perspectivas de investimentos futuros da concessão.

Também informou que desde a concessão, foram injetados na rodovia mais de R$ 1,9 bilhão, os quais foram investidos em 150 quilômetros de duplicações (entregues até junho de 2018) e mais de 520 quilômetros de obras de melhorias em pavimentação.

Por meio da CCR, a região recebeu o mais moderno sistema de atendimento ao usuário, o SAU, composto por 17 bases operacionais e atuando com cerca de 80 viaturas e aproximadamente 500 trabalhadores especializados.

Tabela com preços atuais do pedágio. (Foto: Divulgação CCRMSVia)  

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