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Cidades

Vestindo preto, professores retomam protestos por reajuste salarial

05 novembro 2015 - 17h58Por Kamila Alcântara

Com o não cumprimento da reajuste salarial de 13,1%, os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) manifestam a insatisfação com a administração indo ao trabalho usando preto e usando a hashtag #MobilizaEducaçãodaReme nas redes sociais. Desde o seu retorno, Alcides Bernal (PP) está prometendo resolver a situação dos educadores, mas não houve avanço nas negociações.

De acordo com o presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), o professor Geraldo Luiz, a manifestação é independente, não foi decidida em assembleia, porém todos os profissionais têm o direito de se manifestar.

"O Sindicato tem conhecimento disso, fomos informados do protesto para o cumprimento da Lei  5411. Já nos reunimos três vezes com o prefeito, inclusive ontem (4), onde pautamos oito itens muito importes e um deles era o protesto contra a Prefeitura se essa reivindicação não for atendida", explica Geraldo.


Fotos da manifestação foram compartilhadas em um grupo da rede social

Quem aderiu à manifestação quer entender o que aconteceu com o dinheiro público que a bancada a favor de Bernal afirmava ter nos cofres, mas Gilmar Olarte não liberava. "Na época da greve, com o prefeito anterior, o pessoal que queria a volta do Bernal afirmava que tinha o dinheiro para pagar o piso. Se naquela época tinha do dinheiro, por que agora não tem mais?", questiona uma professora de 35 anos, que trabalha na Reme há 13, mas preferiu não se identificar.

Para ela, esse protesto é uma forma de conscientização. "Nosso piso salarial é nacional, tem reajuste todo mês de janeiro. Esse ano não recebemos ainda esse reajuste, daqui a pouco é 2016, janeiro de novo, como que vai ficar? Nenhum funcionário aceita receber menos que o mínimo, por que nós temos que abrir mão do reajuste? Não estamos cobrando apenas um aumento salarial, mas sim o cumprimento da Lei, essa manifestação é para mostrar à população que essa promessa não está acontecendo", conclui.

Entramos em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura. Segundo eles, o pagamento ainda está sendo analisado pelo secretário de Finanças, Disney Fernandes, para saber como vai ser cumprido no menor espaço de tempo possível.