Caro leitor ;
A exoneração do Presidente do BNDES era a cronica de uma morte anunciada .Barbada em uma ,hipotética, bolsa de aposta. Não falo da competência de Joaquim Levy, tão cantada em prosa e verso,mas da falta de tato, de percepção política dele e do Ministro Paulo Guedes .Bolsonaro tem entranhado, está no seu sangue , valores que o militar carrega desde que entra em qualquer das escolas militares e carrega até a última morada ; o cemitério. Hierarquia, disciplina ,unidade de conduta e coordenação de ação. Deu a Guedes autonomia total , mas para acertar.
Tal NÃO existe para errar .Aí o Chefe intervém. Sinalizou que não queria o Levy por ter sido Ministro de um Governo PTista e Secretário do Cabral. Sinalizou e o Guedes NÃO entendeu ou fez de conta . Estava marcado. O Levy achou,imaginou que tinha carta branca .É a famosa ONISCIÊNCIA/ONIPOTÊNCIA dos altos tecnocratas.
Idealizam algo e a REALIDADE que se adeque aos seus delirios. Nomeia um "inimigo".
Numa visão de conflito , de combate (o Presidente é antes , e acima de tudo, militar) , seria um elemento infiltrado para "detonar" o Governo desde o interior do mesmo .Resolve passar por cima da promessa de Campanha de abrir "Caixa Preta" do BNDES. Desconhece o que para o Militar significa a "Palavra Empenhada" . Bolsonaro, certo pu errado, vai procurar sempre atingir e realizar o que prometeu na disputa eleitoral.
Não analiso ,já o disse, as qualidades, as competências do Sr. Joaquim Levy. Lembro - me do ex Deputado Federal , ja falecido, Giulio Caruso ,à epoca Secretário de Transportes do Estado do Rio,quando Eu quis nomear um excelente tecnico,claramente vinculado aos nossos adversários:
"Marcelão para errar com os deles , vamos errar com os nossos!"
Buscar um quadro vinculado , ou periférico, ao PT foi suicidio.
Caberá ao Presidente assimilar as REALIDADES e gerenciar as ações governamentais.
Aí já é assunto para outra conversa.
Até a próxima