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terça, 19 de março de 2024 Campo Grande/MS
COLUNA

Decifrando

Marco Santos

Momento de planejar as mudanças necessárias

Eu volto! Ainda não desisti

21 dezembro 2017 - 13h40

Chegamos ao fim de um turbilhonado 2017.
 
O quadro de anomia, de descrenças, de conflitos, de interesses difusos, é amplamente perceptível.
 
Claro que queremos 2018 melhor.  Acredito que poucos almejariam o contrário. Talvez os profissionais do caos, pois tal estado de coisas lhes interessa como objetivo para implantação de nova ordem política e social.
 
De forma pessoal, às vezes egoisticamente, programamos guardar dinheiro, emagrecer, exercer outra atividade, adquirir bens, viajar, entre muitas outras coisas. Por aí vão  nossos sonhos e intensões. Nada mais justo e acertado.
 
Mas, se podemos imaginar mudar algo pessoal, porque não tentar mudar o país? Porque não torna – lo mais justo, honesto, igualitário sem falsos ideais originários de ideologias arcaicas e que deram erradas no mundo?
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Thomas Hobbes dissertando sobre o  "Estado de Natureza" , argumenta que todos teriam direito a tudo, mas que isso poderia tornar os homens, por natureza,  maus e egoístas.  
 
Assim, como nem todos podem ter tudo e muito menos todos serem maus e egoístas, Hobbes, um dos precursores do contrato social, prescreve o acordo que poderia gerar e manter a paz social, a igualdade e o fundamental bem comum.
 
Acredito que é isso que nosso sofrido Brasil precisa neste momento. Um grande Pacto Social, um acordo de honra que pudesse fazer cessar os confrontos, o cada um por si, o todos contra todos e a corrupção, principalmente, pois este é o quadro que nos assombra diuturnamente, sem tréguas. Não imaginemos que fatos vão parar de acontecer entre o Natal e o Carnaval, neste país tropical.
 
A corrupção é a nova ameaça global, que  assola a  todos os Estados, mas que parece ter encontrado no Brasil um dos mais promissores espaço e classe política para que bandidos organizados assumissem o mando.
 
Difícil não imaginar que o mal tomou conta de todos os Poderes da República, óbvio que não de todos os seus integrantes, para não ser injusto,  mas de parcela em elevados cargos e funções. A toda hora as mídias nos alertam disso.
 
Os líderes políticos são os que mais aplicam esta prática, ao ter, na corrupção, a forma exemplar de manifestação e operacionalização do objetivo de conseguir e manter o poder sobre os  cidadãos, enquanto roubam, desviam e fraudam.
 
Paradoxalmente, os políticos deviam ser os primeiros a combaterem este mal social e que representa ameaça à sobrevivência dos Estados.  Pelo contrario, são os políticos que mais os praticam e tem os casos mais mediatizados.
 
A corrupção é um grande inimigo do Estado, ela destrói a sociedade como um câncer.  Destrói o humanismo e o sentimento humano, corrói os valores mais nobres das sociedades, sejam eles éticos ou morais, levando em última instância ao estado de "guerra de todos contra todos", como vaticinou Hobbes.
 
O interesse da elite conjuntural dominante parece estar centrado na busca da posição que permita acessar recursos e poder, para, posteriormente,  dilapidar o erário.
 
Pouco importa a ela se crianças, idosos ou necessitados vão morrer às portas de hospitais, se faltarão recursos para a educação, se a segurança pública esteja aquém das necessidades para frear o recorde de mais de 70 mil mortos / ano ou os milhões de vítimas de outros crimes ou se outros milhões de jovens vão se autodestruírem pelo consumo de drogas ilícitas.
 
Infelizmente, os políticos  e seus apoiadores em outras instâncias e Poderes não olham para imagem que transmitem à sociedade com suas ações deletérias e para os valores e princípios que corrompem, dia a pôs dia.
 
Caso a sociedade não tome a condução firme do processo de Poder Republicano, democrático, especialmente nas eleições do próximo ano, obstando que a corrupção atinja o ponto, e pode não estar distante disso, de representar uma maneira de ser, de deixar estar, uma forma de conduzir o contrato social , aceita por maiorias acomodadas, enfim, meio de governar, esse Estado pode se declarar como em condições para a instalação do caos e ser governado por gangsteres.
 
Imagino que, nosso trabalho deve ser  continuar a lutar, demonstrando que acima dos desvios dos valores monetários, está em causa o Interesse Nacional,  que, presentemente, está se perdendo  de vista e colocando em perigo a sobrevivência do próprio Estado nacional.
 
Boas Festas!!!!!!!!!!!!!!!  Brasil acima de tudo!
 
Eu volto! Ainda não desisti