Todo ano é a mesma coisa, milhares de crianças são confrontadas com a verdade de que o Papai Noel não existe, e que são seus pais que compram seus presentes. Isso é claro que ausentando dessa conta, aquelas que desde sempre escutam que o “bom velhinho” é o diabo ou instrumento do imperialismo americano.
Qual é o certo? Mentir para a criança a respeito da função de um mito, ou acabar com esse mundo mágico que ela vive nos primeiros anos de vida?
Acho que dá para encontrar um equilíbrio entre os dois. O Papai Noel é a adaptação da história\lenda de São Nicolau, remete ao folclore grego, bizantino, e foi sofrendo alterações através dos tempos. O que permanece intacto na história do personagem, é o fato dele presentear crianças bem-comportadas no Natal. Esse “bem-comportadas” era uma questão de sobrevivência na Europa, principalmente onde o mito foi usado com mais freqüência, onde hoje fica a Alemanha.
Ou a criança era obediente, ou acabaria comida por lobos, e isso é sério pra caramba, realmente acontecia, e boa parte das histórias e fábulas eram formas de educar a criançada para tentar fazer com que chegassem a vida adulta.
Mas estamos em 2018, youtubers influenciando crianças a fazer doces gigantes e mergulhar em banheiras de Nutella, acho que o Papai Noel não vai estragar a educação que você quer dar.
Estou falando para mentirmos para todas as criancinhas sobre a moradia do Papai Noel e que é ele mesmo que entrega os presentes? Longe disso! É um personagem, deve ser tratado como tal, ou você diz para teu filho que a Peppa Pig não existe sendo que ele vê a porquinha pulando na tela da TV?
Tudo bem, sabemos que a Coca-cola modernizou a lenda, vestiu o personagem de vermelho e branco e fez ficar gordão como alguém que toma tanto refrigerante como este que escreve essa coluna, mas serião que você quer combater o “imperialismo americano” acabando com a brincadeira de quem tem cinco anos?
Não é tão complexo explicar a figura do personagem, e sua função, a brincadeira de pedir o presente, mostrar como os Papais Noéis fazem nas periferias dando presentes para quem realmente não tem condição.
É um exemplo positivo, e faz ainda mais sentido em um cenário onde a criança cresce com tanta coisa ruim como modelo para copiar.
Para encerrar, o Google antecipou a brincadeira de Natal, e você pode jogar e acompanhar a entrega dos presentes diretamente nesse link AQUI ou só pesquisando por Papai Noel diretamente no buscador.