Campo Grande saiu da classificação de ‘risco extremo’ para covid-19. Apenas São Gabriel do Oeste e Sidrolândia mantêm-se nesse grupo. As informações são do relatório do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia) e foram divulgadas nesta sexta-feira (14).

As cidades ‘mais tranquilas’ com relação ao novo coronavírus são Antônio João, Douradina, Figueirão, Glória de Dourados, Ivinhema, Laguna Carapã, Novo Horizonte do Sul, Paranaíba, Santa Rita do Pardo e Selvíria. A Capital agora tem o status de ‘grau alto’ de risco.

O secretário estadual de Governo, Eduardo Riedel, destacou, em live nas redes sociais, que o objetivo do relatório é proteger a população. “Esse programa não é contra ninguém, contra nenhum município, ele é contra o coronavírus e contra a crise econômica, ele é a favor de Mato Grosso do Sul”.

Riedel também destacou o desempenho da Cidade Morena. “Dou exemplo de Campo Grande, que melhorou a busca de contatos e a rastreabilidade. Com relação aos testes, que o próprio estado também é parceiro do município na sua realização, tem melhorado. Os estoques de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) estão satisfatórios e condizentes com aquilo preconizado pela área de saúde. Só como alguns exemplos”.

O mapa do Prosseguir é elaborado com base em dez indicadores de saúde e os dados entregues aos prefeitos, semanalmente, para que eles possam tomar decisões relevantes no combate à doença. O programa foi criado, primeiramente, para evitar situações extremas como o lockdown, que pode quebrar a economia do Estado, mas municípios na faixa preta estão em risco para o fechamento total.

Segundo o governo do Estado, os indicadores de saúde que definem o grau de risco dos municípios consideram a disponibilidade de leitos de UTI, quantidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), busca por contatos de casos confirmados, redução da mortalidade por Covid-19, disponibilidade de testes, incidência na população indígena, redução de casos entre profissionais da saúde, redução de novos casos, fronteira ou divisa com estado que tenha aumento de casos e necessidade de expansão de leitos.

Metodologia do Prosseguir

Alimentação dos Dados – A atualização dos dados que compõem os indicadores é de responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde de cada município, de forma que o atraso ou o não fornecimento das informações compromete a avaliação situacional do município.

Mudança de Bandeiras – Seguindo as recomendações da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), embora o monitoramento dos dados seja diário, com divulgação situacional semanal, os municípios só podem mudar de cor (faixa) após 14 dias – mesmo que os dados diários indiquem a mudança de situação. Quando a mudança de situação for para melhor, a metodologia prevê que não se pode ‘pular’ faixas (por exemplo, mudar diretamente da faixa laranja para a verde sem passar pela amarela). Já quando a mudança de situação for para pior, permite-se ‘pular’ bandeiras (sair da amarela e ir diretamente para a vermelha, por exemplo), devido à urgência na adoção de medidas.

Classificação de Risco das Atividades Econômicas – Para se classificar o risco das atividades (em baixo, médio e alto) bem como se atividade é ou não essencial, foram utilizados como critério as definições da Lei Federal de Greve. Importante destacar que a Classificação de Risco das Atividades Econômicas (em baixo, médio e alto) também pode ser alterada a qualquer momento pelo Comitê Gestor, pautada em justificativa técnica com foco na melhoria dos resultados da matriz de risco (conforme artigo 10 do Decreto nº 15.462 de 25/06/2020).