A+ A-

quinta, 18 de abril de 2024

quinta, 18 de abril de 2024

Entre em nosso grupo

2

CORONAVÍRUS

há 3 anos

A+ A-

Estudo comprova eficácia de 62,3% da CoronaVac em intervalo maior entre as doses

O estudo, divulgado neste domingo (11), foi feito pelo Instituto Butantan, que produz a vacina em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac

Estudo clínico final sobre a Coronavac mostra que a eficácia da vacina é maior do que nos resultados iniciais divulgados entre dezembro e janeiro.

O estudo, divulgado neste domingo (11), foi feito pelo Instituto Butantan, que produz a vacina em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

Conforme artigo científico encaminhado para revisão e publicação na revista científica Lancet, a eficácia para casos sintomáticos de Covid-19 atingiu 50,7%, ante os 50,38% informados inicialmente, ou seja, a vacina reduz pela metade os novos registros de contaminação em uma população vacinada.

Segundo o estudo, a eficácia da CoronaVac pode chegar a 62,3% com um intervalo de mais de 21 dias entre às duas doses da vacina.

O estudo diz, no entanto, que a eficácia mínima da vacina já aparece na segunda semana depois da primeira dose.

Os resultados também apontaram que para os casos que requerem assistência médica a eficácia da vacina variou entre 83,7% e 100%, quando o estudo preliminar que subsidiou a autorização do uso emergencial do imunizante no país indicava entre 78% e 100%.

Na prática, significa que a CoronaVac tem potencial de, reduzir pela metade (50,7%) os novos registros de contaminação em uma população vacinada e reduzir a maioria (83,7%) dos casos leves que exigem algum cuidado médico.

Participaram do estudo entre 21 de julho e 16 de dezembro de 2020 12.396 participantes, todos voluntários, em 16 centros de pesquisa brasileiros. 

Todos receberam ao menos uma dose da vacina ou placebo. Desse total, houve 9.823 participantes receberam as duas doses. Ninguém morreu por Covid-19 durante o estudo.

O estudo mostra ainda que a Coronavac se revelou eficaz na proteção contra as variantes brasileiras P1 e P2 do vírus Sars-Cov-2, por se tratar de uma vacina feita a partir do vírus inativado.

“Esse estudo corrobora o que já havíamos anunciado há cerca de três meses e nos dão ainda mais segurança sobre a efetiva proteção que a vacina do Butantan proporciona. Não resta nenhuma sombra de dúvida sobre a qualidade do imunizante”, afirma Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

Desde 17 de janeiro o governo de São Paulo já distribuiu 38,2 milhões de doses da vacina aos brasileiros. Até 30 de agosto, o número deve chegar a 100 milhões de vacinas.

Carregando Comentários...

Veja também