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CORONAVÍRUS

há 3 anos

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Covid deixa sequelas e aumenta procura por fisioterapia em MS

Alta hospitalar não significa final do tratamento contra doença; muitos pacientes sentem efeitos por vários meses

Durante a pandemia da covid-19, além dos médicos, enfermeiros, os fisioterapeutas ganharam destaque.

Conforme já divulgado, a atuação desse profissional contribui para evitar complicações cardiorrespiratórias em indivíduos internados e também para recuperar a capacidade pulmonar e motora de quem já se curou da doença.

Ao TopMídiaNews, Ana Carolina Demarchi, fisioterapeuta, doutora em Fisiopatologia em Clínica médica e professora do curso de Fisioterapia da Uniderp, explicou como a fisioterapia atua nos pacientes.

“A fisioterapia acelera o processo de recuperação, não só das lesões provocadas pela doença em si, mas também a recuperação funcional, tudo que levou prejuízo da função física, que implique na realização das atividades diárias, ocupacionais, são tratadas por meio da fisioterapia”.

Por isso, segundo ela, os profissionais usam recursos que envolvem a reabilitação da função cardiovascular, de força muscular periférica, pensando para que o paciente se reestabeleça o mais rápido possível. 

Além disso, o tratamento atua em todas as fases da doença. 

“A fisioterapia atua na fase aguda, objetivo é que o paciente consiga passar da fase mais agressiva da doença, sem desenvolver complicações associadas ou que evolua para algo irreversível”, cita.

Ana pontua que o fisioterapeuta vai atuar no ajuste do suporte ventilatório, na administração de oxigênio, para que seja ofertada a quantidade necessária para manter uma boa função motora, durante o período de internação para que o paciente sofra o mínimo possível. 

Ela também destaca que cada paciente é único e a alta hospitalar não é o final do processo. 

“A alta hospitalar é o final de um estágio de tratamento, mas a recuperação não acaba ali, a gente tem a impressão que teve alta e está tudo resolvido, vida normal, mas não, tem um processo para ser cumprido”. 

A profissional destaca que o paciente precisa ter ganho de força muscular periférica, fortalecimento respiratório e, apenas os exercícios corretos, poderão ajudar. 

“Não existe tempo de resposta para o tratamento, por isso é individualizado, analisando o que o paciente tinha antes da doença e implicações que o tratamento exigiu. Teve pacientes que apresentaram melhora significativa após dois meses e pacientes que arrastaram sequelas por seis meses, por isso a importância da avaliação”. 

A recuperação sem auxílio do fisioterapeuta não é o indicado, até mesmo para retornar atividades como, por exemplo, caminhar. 

“Se mantenha em atividade e contato com médico”, pontua. Ana também reforça a necessidade de uma boa alimentação, pois ainda não se sabe ao certo o risco de reinfecção. 

“Fisioterapia fundamental para recuperação do paciente. Vale ressaltar que nós temos observado comprometimentos importantes, como alteração cognitivas, risco de trombose, lesões pulmonares graves, fraqueza muscular, sensação de fadiga, muitos meses após a doença, então, que significada que o paciente para conseguir se recuperar e prevenir novas complicações associadas à covid, a fisioterapia é fundamental”. 

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