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Cultura

04/09/2020 10:49

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Músico de Rochedinho lança single nas plataformas digitais para homenagear cunhado

O artista já tocou ao lado de figuras importantes da música sul-mato-grossense como Almir Sater, Dino Rocha, Aurélio Miranda, Luan Santana

O acordeonista Altamiro Martins completa 73 anos, comemorando 60 dedicados à música. O músico cresceu em volta dos bailes promovidos pela família que gostava de organizar serenatas e arrasta-pés com os amigos, na festiva Rochedinho (MS), dos anos 40 e 50.

“Foi no quintal de casa que eu e meus irmãos aprendemos a tocar a sanfona e o violão. Sempre fomos estimulados pelos nossos pais. Naquela época, era comum esse tipo de confraternização nas residências. A gente tocava e o povo saia feliz, cantando e dançando”, diz Altamiro.

Em seis décadas como músico, o artista já tocou ao lado de figuras importantes da música sul-mato-grossense como Almir Sater, Dino Rocha, Aurélio Miranda, Luan Santana, além da cantora paraguaia, Perla.

“Dino foi uma grande influência para mim. Tocamos juntos muitas vezes e construímos uma bela amizade. Foi uma experiência enriquecedora. Gostei também de tocar com o Almir que tem canções belíssimas”, disse o músico.

Sobre carreira, o musico faz ponderações e confessa que nunca se acostumou aos palcos porque tem gosto pela coisa mais intimista como as rodas de polcas e chamamés, qual divide os momentos fraternos da música com os amigos e a família.

Mas a respeito das gravações, Altamiro revela que é ambicioso e adianta que tem projeto para lançar todo seu acervo autoral até o fim de 2022.

“A primeira vez que entrei em um estúdio percebi que poderia deixar todo meu repertório registrado para meus filhos e netos. Tenho 80 composições gravadas. Em 2012, divulguei meu primeiro CD autoral com apenas 11 faixas e agora quero dar sequência no restante”, explica.

A ideia de lançar gradativamente seu trabalho autoral começa hoje (04), quando o compositor disponibiliza nas plataformas streaming como Deezer, Spotfy e Youtube uma canção inédita que ganhou uma roupagem diferenciada com os violões de Sandro Haick (Dominguinhos, Fábio Jr e Fafá de Belém) e o bom gosto na mixagem de Guilherme Cruz (Almir Sater e Filho dos Livres).

 A canção escolhida para inaugurar essa nova fase do músico foi “Valsa Daquela Noite”, um tema que Altamiro define como singular na sua obra porque foi composto para celebrar o casamento da irmã e do cunhado, em 1971.

“Há 49 anos compus essa melodia para festejar os noivos. Agora a canção tem outro significado: meu cunhado sofre de uma doença degenerativa e essa valsa têm a simbologia de homenageá-lo. Nessa época de pandemia, acho que a música tem esse poder, de amenizar nossas dores e resgatar sentimentos muitas vezes adormecidos”, explica Altamiro.

O compositor revela que as redes sociais e a internet ainda são universo desconhecido para ele, mas que ficou entusiasmado com o apoio da família para a publicação da música nas plataformas.

“Nunca soube mexer direito com esse negócio de rede. Sou um músico analógico. Tive a ajuda do meu sobrinho que também produziu a música e fiquei muito feliz ao perceber a expectativa da minha família para ouvir meu trabalho nas plataformas. São outros tempos, outros conceitos”, finaliza.

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