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Cultura

13/11/2016 16:19

Oficina ensina fabricação de viola de cocho durate o Festival América do Sul

Oficina foi uma das mais procuradas no Festival

Em uma das salas do casarão construído em 1896 no Porto Geral, atual sede do Iphan em Corumbá, um grupo de 15 pessoas entre jovens e adultos, de ambos os sexos, se esmera em transformar brutos pedaços de madeira previamente talhados em violas de cocho. É o primeiro dia de uma das mais procuradas oficinas do 13º Festival América do Sul Pantanal (Fasp).
 
Ministrada por Sebastião de Souza Brandão, mestre-artesão contemplado com o Prêmio Culturas Populares 2012, do Ministério da Cultura, a oficina de viola de cocho ensina os interessados as técnicas para construção desse instrumento musical rústico, totalmente artesanal, de forma e sonoridade sui generis, produzido com matérias-primas extraídas do Pantanal. Seu modo de fazer é tombado como patrimônio cultural brasileiro.
 
 Lixa, formão, coifa, martelo, prego, cola, facas, são algumas ferramentas que apesar de levantarem poeira na sala, com o trabalho manual dos entusiastas a artesãos dão forma às violas. O ministrante da oficina explica que os alunos vão aprender cada etapa da construção do instrumento, inclusive a tocar os ritmos do cururu e siriri: “aqueles que fizerem melhor, serão presenteados com as violas de cocho que produzirem”, conta o mestre-artesão.
 
Luiz Carlos Amorim, diz que largou um emprego de 30 anos para começar a trabalhar na arte. “Trabalhava como caseiro de fazenda mas perdi o gosto. Passei a fazer artesanato com latas em alumínio. Tomei uma decisão de viver da arte. Tenho que acreditar no meu trabalho. Meus avós eram cuiabanos; eu ouvia dizer de cururu e siriri, mas não tinha interesse.  Até que o marido da minha neta passou a fazer  viola de cocho. Então percebi que é da gente, do nosso povo, e porque não fazer para vender?”.
 
Matias Soares, de 16 anos, diz que resolveu se inscrever na oficina por gostar de valorizar a cultura local: “Sou capoeirista. Já fiz a oficina ano passado e estou pensando em ser artesão ou artista. Poucos jovens se interessam na cultura local, acho que eu e meu amigo que estamos fazendo a oficina podemos despertar o interesse em outros amigos”.

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