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Economia

08/12/2020 12:28

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Adeus, churrasco: carne, cerveja e gasolina pressionam inflação em Campo Grande

Arroz, óleo de soja e tomate seguem em alta; transporte está mais caro, inclusive para carros de aplicativo

Viver em Campo Grande está cada vez mais caro, com a sexta alta consecutiva do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Isso significa que a última vez que os preços tiveram leve queda foi em maio, no início da pandemia do novo coronavírus

O levantamento é realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística), que aponta os alimentos e o transporte como principais vilões da economia. Em números, o IPCA de novembro subiu 0,87%, cerca de 0,04 ponto percentual abaixo da taxa registrada em outubro (0,91%).

No ano, o indicador acumula alta de 5,26% na Capital. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta em novembro. A maior variação (2,74%) no índice veio do grupo ‘alimentação e bebidas’, que acelerou em relação a outubro (1,82%). O segundo maior impacto (0,19 p.p.) e variação veio dos transportes (1,12%).

Outro destaque no lado das altas foi o grupo Vestuário (0,90%), embora tenha desacelerado frente a outubro (1,41%). Os demais grupos ficaram entre a alta de 0,48% em despesas pessoais e a queda de 0,56% em artigos de residência.

Entre os alimentos, as altas mais intensas foram dos alimentos para consumo no domicílio (3,25%), a exemplo das carnes (4,92%) e da batata-inglesa (40,36%). Além disso, os preços de outros alimentos importantes na cesta das famílias, como o óleo de soja (11,40%), a cebola (11,31%), o arroz (6,48%) e o tomate (5,67%), seguem em alta.

No lado das quedas, o destaque foi o feijão-carioca, com queda de 9,14%. A alimentação fora do domicílio também acelerou na passagem de outubro (0,56%) para novembro (1,22%), influenciada especialmente pelo lanche (2,89%). Destacam-se ainda as altas de cerveja (1,39%) e refrigerante e água mineral (1,86%).

“O que tem influenciado mais nos últimos meses é a alta dos alimentos, que pode ser explicada por dois fatores: por um lado, há o aumento da demanda, sustentada pelos auxílios concedidos pelo governo e, por outro, a restrição de ofertas no mercado doméstico em um contexto de câmbio mais alto, que estimula as exportações”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

Nos Transportes (1,12%), a maior contribuição no índice do mês (0,08 p.p.) veio da gasolina (2,09%), cujos preços subiram pelo sexto mês consecutivo. Entre os combustíveis (2,19%), destaca-se ainda a alta de 6,34% do etanol.

Cabe mencionar também as variações positivas dos transportes por aplicativos (9,41%), passagens aéreas (3,61%), automóveis usados (1,26%) e transporte público (1,09%). Saúde e cuidados pessoais, para novembro, teve variação mensal de 0,27%, queda de 0,01 p.p referente a outubro, e acumulada no ano de 1,70%.

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