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Economia

29/10/2020 17:00

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Auxílio emergencial não salvou renda das famílias em MS, aponta estudo

MS faz parte dos cinco estados que tiveram perdas reais na renda mesmo com o benefício a parte da população

Mato Grosso do Sul está entre os cinco estados do país que tiveram perda de massa de rendimentos na pandemia, mesmo com o recebimento do auxílio emergencial por parte da população.

Conforme a Folha de São Paulo, 22 estados conseguiram superar a crise no primeiro semestre de 2020. Mas, São Paulo, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul não acompanharam essa tendência e não tiveram as perdas compensadas pelo benefício. 

Os dados fazem parte de estudo dos economistas Ecio Costa, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), e Marcelo Freire, da Universidade Federal Rural de Pernambuco. 

Beneficiários de programas sociais

De acordo com Costa, o auxílio emergencial foi concebido para amparar informais e beneficiários de programas sociais. Mas chegou de forma mais eficiente aos que já estavam em cadastros de ações sociais do governo. Os cinco locais em que o benefício não repôs as perdas na renda têm um menor número percentual de pessoas cadastradas em programas sociais.

"Ocorre o contrário no Norte e Nordeste, onde o cadastro inclui um número maior de beneficiários de programas sociais", afirma. Na análise do professor, o desenho do auxílio deveria ter sido aperfeiçoado, pois muitos informais terminaram não conseguindo acesso à ajuda emergencial.

Perdas

Segundo o levantamento da Folha, em valores agregados, o Brasil teve uma perda acumulada de R$ 66,8 bilhões na massa de rendimentos (soma dos salários de todos os trabalhos das pessoas em determinado período, segundo levantamento do IBGE) no primeiro semestre de 2020 em comparação com igual período de 2019. 

Por outro lado, as evidências sugerem que a compensação em auxílio emergencial foi de R$ 108,3 bilhões apenas no segundo trimestre de 2020. "Quando comparamos o auxílio com a queda na massa, no valor global ficou 61% acima da perda de renda das famílias", explica o professor Ecio Costa. Mas a liberação foi concentrada.

A redução do auxílio avalia o pesquisador, tende a ser coberta pelos ganhos provenientes da reabertura gradual em diferentes segmentos de negócio. 

Enquanto estados do Norte e Nordeste tiveram um boom no varejo, catapultados pelo auxílio governamental, o varejo no Distrito Federal e Rio Grande do Sul ainda não recuperaram o nível pré-crise. O comércio em São Paulo, por sua vez, teve um crescimento tímido, enquanto Mato Grosso do Sul e Espírito Santo observaram aumento inferior a outras áreas do país.

Otto Nogami, economista do Insper, destaca ainda que os cinco estados que receberam menos recursos estão entre os mais afetados pelo colapso no setor de serviços, que segue sem recuperar as perdas na pandemia. 

"Nos aglomerados urbanos, o setor de serviços tem um peso maior. Na medida que restaurantes, bares, lanchonetes e hotéis ligados ao turismo são fechados, o impacto é muito grande sobre uma parcela maior de trabalhadores", diz. 

Ele ainda aponta que a situação econômica deve se complicar em vários locais após o fim do auxílio.

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