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Economia

21/12/2013 13:01

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Estudo revela perfil do produtor agropecuário brasileiro

Agronegócios

O produtor rural brasileiro é um consumidor de tecnologia e serviços de ponta. Um agente capitalizado – de modo geral, após alguns anos de preços aquecidos –, altamente especializado e atento às dinâmicas do setor. Essas são algumas das conclusões do “Perfil do Produtor Agropecuário Brasileiro”, estudo feito pelo Departamento de Agronegócio (Deagro) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

 

De acordo com o estudo, 43% desses empreendedores têm curso superior completo. O percentual é maior entre os herdeiros desses homens e mulheres do campo: 77% têm diploma universitário. A pesquisa identificou ainda que 40% dos produtores rurais operam seu negócio com o suporte de agrônomos, zootecnistas e veterinários. Outros 25% são clientes de serviços de consultoria, 22,3% têm gerentes e 20% contam com administradores em suas propriedades. “O produtor rural brasileiro é qualificado e altamente especializado”, explica Antonio Carlos Costa, gerente do Deagro/Fiesp.

 

A pesquisa ouviu 1,5 mil agricultores e pecuaristas de 16 estados brasileiros entre os dias 20 de junho e 10 de agosto de 2013. “Conhecer o perfil do produtor agropecuário brasileiro é importante para a indústria, que precisa acompanhar as novas demandas e antecipar soluções para esse público”, afirma Costa. “Quando a produção agropecuária vai bem, o agronegócio vai bem, o que inclui as indústrias que atendem a esse setor.”

 

Capital Próprio - O “Perfil do Produtor Agropecuário Brasileiro” revela que um total de 65,6% dos entrevistados usa capital próprio como principal fonte de financiamento da produção, seguido das linhas de crédito disponibilizadas pelos bancos oficiais, com 40%, e por bancos privados, com 22%. As cooperativas, com 17,4%, e as indústrias de insumos, com 13%, também se destacam nesse mercado.

 

Segundo o gerente do Deagro/Fiesp, o percentual de financiamento com capital próprio é um sinal de que o produtor brasileiro –excetuando-se o de algumas cadeias produtivas, como a do café – está mais capitalizado. “Nesse caso, os produtores preferem financiar a maior parte do seu negócio com capital próprio a depender excessivamente dos bancos. Essa é uma característica comportamental do produtor. Ele acredita na atividade e reinveste o lucro no próprio negócio, a despeito dos riscos”, explica. “E no campo os riscos são muitos. Vão desde os climáticos, passando pelo surgimento de novas pragas e doenças, até aqueles relacionados ao mercado.”

 

 

A pesquisa envolveu as culturas de soja, milho, trigo, arroz, cana, café, laranja, algodão e pecuária (gado de corte e leiteiro). Entre os produtores avaliados, 40,5% possuem propriedades de porte médio, 36,4% de pequeno porte e 23,1% são grandes proprietários.

 

De acordo com informações citadas no levantamento, o agronegócio brasileiro representa 22% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, uma participação dividida em: indústria de insumos, com 11,8% do agronegócio; produção agropecuária (28,8%); agroindústria, que é a indústria de alimentos; fibras e energia (28,5%); e distribuição (30,9%). Assim, do PIB do setor, 40,3% das riquezas geradas estão ligadas à indústria.

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