Levantamento realizado pelo Sebrae, divulgado hoje (2), mostra que o faturamento mensal diminuiu para 89% dos empresários de Mato Grosso do Sul e, para mais de metade deles, a queda foi maior que 50%.
Já as principais despesas da empresa permaneceram as mesmas. Para 40% dos empresários, não houve mudanças no custo com matérias primas; para 66% o custo com pessoal permaneceu igual e para 80%, o custo com aluguel não sofreu alteração.
Caso o isolamento seja mantido, segundo o estudo, para 38% das empresas o tempo de sobrevivência é de 1 mês; para 28%, de 2 a 3 meses; para 17% de 3 a 6 meses e o restante, 17%, não sabe ou não quis responder.
Para não falir, 57% dos empresários precisarão de empréstimo para poder continuar operando sem demitir. Segundo a pesquisa, o número médio de pessoas ocupadas na empresa é de 5,5 pessoas entre formais e informais.
Conforme o diretor-superintendente do Sebrae/MS, Claudio Mendonça, é preciso buscar alternativas e revisão das finanças.
“Por exemplo, canais de comercialização como vendas online, a entrega para que o cliente não precise se deslocar até a empresa e a realização de vendas antecipadas om vouchers para consumo posterior. É o momento de negociar com os fornecedores e estar atento ao estoque. Custos com aluguel também podem ser discutidos, assim como os prazos para pagamento. Precisamos da solidariedade de todos”, afirma.
A pesquisa foi realizada pelo Sebrae em todo o território brasileiro entre os dias 19 e 23 de março de 2020, com grau de confiança de 95% e erro de 1% em nível nacional. No Brasil foram 9.105 respondentes, já em Mato Grosso do Sul, foram ouvidas 113 empresas.