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Economia

10/01/2014 07:05

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Mercado imobiliário vive momento favorável na Capital

Mercado Imobiliário

O índice Fipe-Zap que monitora os índices de valor de imóveis em 16 capitais brasileiras divulgou que no último semestre de 2013, a média de valorização por metro quadrado foi de até 1,2% e na Capital a média anual chegou a 12,3% nos últimos dois anos (2011 a 2013). Apesar do aumento, a situação se mantém estável, pela facilidade na contratação de financiamentos que a população tem tido em adquirir a casa própria.

 

Para o presidente do Secovi-MS (Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul), Marcos Augusto Netto o momento é favorável e cresceu em todo país, com uma média de 2,2%. Dois motivos favoreceram o panorama, um deles o aumento na oferta de imóveis e as opções atrativas das construtoras para comprar o imóvel próprio. “O cliente sonha com a casa própria. Para se ter uma ideia, uma pesquisa do Serasa revelou que a prioridade principal do consumidor é adquirir o imóvel. As facilidades de financiamento e aumento na oferta de imóveis ajudaram muito, mas não dá para falar em ‘boom’ no mercado imobiliário”, ressaltou.

 

Netto destacou que a estimativa do governo federal é de que o crédito imobiliário alcance R$ 100 bilhões em 2014, já que no ano passado alcançou quase R$ 83 bilhões. “Este crescimento se deu em função da abertura de recursos do FGTS para aquisição de imóveis. No entanto, quem trabalha no setor sabe que é um retorno de médio prazo, então será visualizado mesmo entre 10 e 15 anos”.

 

Tradição no setor – Em Campo Grande, uma empresa se destaca pelo tempo em que atua no mercado, com 50 anos atuando no setor imobiliário. Trata-se da Imobiliária Humberto Canale que trabalha com locação, administração e venda de imóveis. A empresa familiar foi criada pelo advogado Humberto Canale Júnior e atualmente é administrada pelos filhos.

 

O sucessor do negócio, Alexandre Canale, que também é advogado, avalia o desenvolvimento do mercado imobiliário como perceptível e concreto, porém faz ressalvas sobre os últimos dois anos. “Ficamos décadas estagnados e após a chegada da estabilidade econômica, decorrente do governo de Fernando Henrique Cardoso houve uma modernização da legislação e maior abertura de crédito para que construtoras e mutuários pudessem investir em imóveis. No entanto, a partir de 2012 tivemos que colocar o pé no freio, apenas para organizar o volume de lançamentos”, detalhou.

 

 

Na avaliação do advogado, a tendência é de que o mercado continue a crescer, já que o déficit habitacional brasileiro ainda é muito grande. “O crescimento registrado nos anos anteriores foi esperado para 2013, porém, notamos que o mercado não teve fôlego suficiente para manter os resultados acima da média. Ainda assim a valorização dos imóveis, seja para venda ou locação, ficou acima da inflação”, pontou.

 

Dificuldades - Entre os principais entraves verificados por Canale estão as dificuldades das construtoras cumprirem os prazos de entrega dos imóveis novos e a escassez de mão de obra qualificada. Ele reforça que é necessário que o governo priorize o quanto antes a reforma tributária para que o segmento possa continuar impulsionado. “Com a implantação de uma reforma tributária serão revistos os percentuais dos impostos que atualmente são muitos altos, refletindo diretamente no bolso do consumidor”.

 

Para 2014, a meta de Canale é investir no setor de incorporações, porém argumenta que será feito com cautela. “A nossa carteira de locação é nosso carro chefe, mas nossos clientes e investidores cobram para que ingressemos neste setor. Entretanto, estamos estudando com calma e só iremos ingressar quando tivermos a qualidade a confiança que já temos nos setores nos quais atuamos”, finalizou.

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