Após várias quedas, o preço da gasolina voltou a subir o preço, mas o que muitos consumidores não sabem é que esse aumento não é dado diretamente pelo revendedor, ele vem da Petrobrás, que adotou novo formato na política de ajuste de preços desde 3 de julho de 2017. Pela nova metodologia, os reajustes acontecem com maior periodicidade, inclusive diariamente.
Nos últimos 45 dias a gasolina acumula um aumento de 21,85%, o diesel 17,93% e o etanol 18,31%. O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul, Sinpetro, informa que os custos da gasolina nas refinarias aumentaram 27,8%, de 10 e janeiro de 2019 a 19 de março de 2019.
Aumento está ligado às distribuidoras
O Sinpetro informa que preços da gasolina nos postos de combustíveis estão ligados diretamente aos preços das companhias distribuidoras, ou seja, se elas aumentam, geralmente, os postos também repassam os custos. Isto se deve ao funcionamento da cadeia de combustíveis, que é composto por refinarias, distribuidoras e postos.
Pelas regras atuais, os postos não podem comprar gasolina e diesel direto das refinarias, adquirindo apenas das companhias distribuidoras, que são responsáveis por toda a logística do abastecimento nacional em todos os estados brasileiros.
As refinarias comercializam a gasolina A (sem etanol anidro) para as distribuidoras. Nas bases da distribuição são adicionados 27% de etanol anidro, que após a mistura torna-se gasolina C, vendida e distribuída para os postos via caminhões-tanques.
A composição de preço da gasolina reúne etanol anidro, impostos, fretes e margens. Vale lembrar que quase 50% dos custos da gasolina são referentes aos tributos.
Os preços dos combustíveis são livres em toda cadeia, do poço ao posto. A entidade não interfere no mercado da revenda. Cabe a cada revendedor decidir se irá repassar ou não as altas ou quedas de preços ao consumidor, de acordo com as suas estruturas de custo.