Os servidores públicos podem deixar de ter o reajuste salarial linear, ou seja, um valor fixo para todos os servidores independente do cargo que exerça. Segundo a proposta do presidente Jair Bolsonaro, a ideia é seguir o que o Ministro da Economia, Paulo Guedes, denominou de meritocracia. O ministro defende que o servidor público precisa enxergar que não é autoridade diante do resto da população.
Segundo a proposta, o cidadão irá avaliar como foi atendido pelo servidor público. Em algumas empresas do setor privado a avaliação já acontece, no entanto, nem sempre é usada para reajustes salariais, apenas para bonificações de funcionários.
Para alguns campo-grandenses, a proposta não passa de piada, é o que pensa o estudante de fisioterapia, Gabriel Medina Gonçalves, de 23 anos.
“Existe muita desigualdade entre cargos, funções. Sem resolver esse desequilíbrio de oportunidades, a meritocracia acaba não sendo justa, e sim uma autocracia mascarada”, defende.
Na visão dele, mesmo que o servidor seja avaliado pelo cidadão, a análise pode não ser justa já que todos os ‘julgados’ exercem a mesma função e dispõem das mesmas ferramentas.
Por hora, ainda a ideia é estudada por Técnicos do Ministério da Economia de como seria essa avaliação, para categoria ou servidor público individual.
"Se o governo fornecer condições igualitárias de trabalho para todos os servidores, aí sim é válido apostar na meritocracia", defendeu o escriturário Fernando Campos, de 27 anos.
No entanto, tem quem acredite que a ideia possa dar certo. "Acredito que como na iniciativa privada os melhores devem ser recompensados por suas competência, e que seja levado em conta isso para que seja feito um reajuste", finalizou um servidor público, de 23 anos.