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Economia

15/12/2019 07:00

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VERDE E AMARELO: cobrança do seguro-desemprego é absurda, dizem campo-grandenses

Governo Federal vai taxar benefício concedido a desempregados para compensar perda de dinheiro com descontos para empresas

O programa de Emprego Verde Amarelo, anunciado no mês de novembro pelo Governo Federal, levantou vários questionamentos por parte dos trabalhadores em Campo Grande.

Nas ruas, apesar de algumas pessoas não acompanharem o assunto, o pensamento é quase unânime: “se tirasse e retornasse realmente como emprego, se funcionasse para benefício do trabalhador, até que poderia dar certo. [...] Mas sempre tiram de quem tem menos e favorecem os que têm mais”.

Segundo a proposta, o seguro-desemprego será taxado, ou seja, o dinheiro que o desempregado recebe terá desconto de 7,5%, que vai para o INSS. O dinheiro economizado com a cobrança do trabalhador sem emprego será usado para compensar a redução de taxas para empresas que contratarem pessoas jovens.

Isso com o objetivo de promover a geração de empregos até 2022, para jovens entre 18 e 29 anos, que ainda não tiveram nenhum emprego com carteira assinada.

Casado e com filhos, o comerciante Michael Rodrigo Alves de Lima já passou pela situação de desemprego. Para ele, as empresas não precisam desse incentivo e podem sim arcar com os tributos e, ainda assim, contratar novos colaboradores.

“Não podem tirar esses 7,5% do trabalhador desempregado porque o governo rouba tanto e as empresas têm condições de pagar esses 7,5%”, afirma.

Para o trabalhador, o governo oferece como vantagem que o valor taxado entra para o cálculo de aposentadoria. Conforme a medida provisória apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), a cobrança do imposto sobre o benefício passa a valer daqui a três meses.

O seguro-desemprego é pago num período de 3 a 5 meses, e pode variar de R$ 998 a R$ 1735,29. Com a contribuição de 7,5% ao INSS, o desconto mínimo será de R$ 74,85 e o máximo chegará a R$ 130,15.

Prestes a receber o benefício, a auxiliar de cozinha Andrea Mariete, de 38 anos, acha que a medida é prejudicial. “Estou desempregada há dois meses, vou dar entrada no seguro, mas é abuso isso”, finaliza.

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